Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
Na bilheteria, a fila se alongava, enquanto churrasqueiros brigavam pelo melhor espaço no portão da arena do rodeio. Pipoqueiros atropelavam-se. Havia também pamonha, milho assado na manteiga…
Malazartes chegou paramentado, pisando duro. De longe, ele via o cavalo, que relinchava, escoiceava, fazia tremer as traves do cercado.
Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
Antes de mais nada, que tal perguntar aos seus pais ou aos seus avós se eles conhecem Pedro Malazartes? É certeza que eles dirão que se trata do caipira mais esperto de todos os tempos. Alongue a conversa… peça para que um deles conte a você alguma história desse personagem popular – caipira é pouco; ele é também esperto, mentiroso e… muito divertido!
Aperte o cinto! Vamos desenvolver um novo episódio de Pedro Malazartes – é isso: a proposta de hoje é a redação de um conto popular.
Como você já sabe, o conto é uma narrativa curta – o conto escolar tem, aproximadamente, trinta linhas manuscritas.
E o que é, exatamente, um conto popular, professora?
Opa! Meu aluno imaginário chegou cedo! Pelo jeito, você quer muito escrever o novo episódio de Pedro Malazartes! Então vamos lá!
O CONTO POPULAR é a narrativa passada de geração em geração, sem que, nem ao menos, conheçamos o autor dela – a autoria é atribuída ao povo – daí então, conto popular.
É comum a narrativa modificar-se, à medida que vai sendo repetida, e ela se mantém viva graças à memória dos contadores de histórias – pais, avós, tios, professores…
Nos contos populares, o espaço e a nacionalidade dos personagens, por vezes, não são determinados – aliás, a universalidade é característica dos contos populares. O personagem Pedro Malazartes é conhecido não só no Brasil, como também na Espanha e em Portugal.
As situações são atemporais – quer dizer, os personagens transitam no tempo, sem necessariamente pertencerem ao passado, ao futuro ou ao presente.
Ah… acho que não vai ser difícil escrever um conto popular, Gislaine… Principalmente porque já temos um personagem…
Sim, já temos o personagem principal. Faltam os demais elementos do conto – enredo, tempo, espaço e, se for preciso, pense, inclusive, em outros personagens para contracenarem com Malazartes.
Veja: os personagens, em determinado tempo e espaço, interagem, vivem o enredo. É preciso criarmos também um narrador, para nos contar a história.
Em seguida, vamos organizar o pensamento – até porque o “pensar”, digo, o “inventar” vem antes do escrever.
O texto há de ter começo, meio e fim. E quando falamos em organização, nos referimos à estrutura tradicional do conto. Assim:
. o primeiro parágrafo traz a situação inicial, com a apresentação dos personagens, do tempo e do espaço.
. os parágrafos intermediários trazem os complicadores. Olha só: a partir de uma ocorrência, os personagens vão agir, e essa ocorrência, os levará à outra, que, por sua vez, os levará à outra, até que cheguemos a um complicador/a uma situação extrema, ou seja, ao clímax, que é o instante de maior suspense dentro do conto.
. no último parágrafo, obviamente, há o desfecho, isto é, o final da história.
Acabado o conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o que aconteceu?, com quem aconteceu?, como?, quando?, onde?, por quê? e então…
Para tornar a história mais envolvente, o ideal é que, em meio à narrativa, usemos passagens descritivas, que caracterizem tanto os personagens quanto os espaços.
Pois bem! Tá na hora de conhecermos a proposta de redação!
A contextualização é esta: Imagine que Pedro Malazartes tenha perdido uma aposta – a pena a ser cumprida é montar num cavalo bravo. Ocorre que Malazartes morre de medo de montar!
O comando é este: Desenvolva um conto popular, em que Pedro Malazartes viva esse novo episódio.
Você quer conhecer o episódio que desenvolvi? Aqui está!
Pedro Malazartes em:
O cavalo quase indomável
Por Gislaine Buosi
Pedro Malazartes sempre foi famoso por ser astuto – o que não quer dizer que ele nunca tenha passado por situações difíceis – as mais difíceis!
Conta o próprio Malazartes que certo dia decidiu fazer uma aposta com o Tonico da Horta, dono do cavalo mais bravo de que se tinha notícia na região.
— Tonico, vamos bater uma aposta!? Se eu conseguir comer, sem piscar, dez pimentas daquela pimenteira ardida que você tem na horta, seu cavalo fica sendo meu. Se eu não conseguir, eu monto nele no próximo rodeio.
O resultado já era previsto – estava claro que o espertalhão não comeria as dez pimentas, sem piscar. Tonico aceitou a aposta, que prometia muitas risadas, além de um bom lucro com a venda de ingressos para o rodeio.
Pois bem! Malazartes conta que, mal tinha mastigado a primeira e a segunda pimentas, e os olhos já estavam cheios d’água, a língua para fora…, e então ele saltava, dava socos no ar, abaixava-se, erguia-se, com o que festejava o Tonico da Horta. “Traz umas pedras de gelo, pelo amor de Deus!”, era o que pedia Malazartes.
O rodeio foi marcado. Na bilheteria, a fila se alongava, enquanto churrasqueiros brigavam pelo melhor espaço no portão da modesta arena. Pipoqueiros atropelavam-se. Havia também pamonha, milho assado na manteiga…
Malazartes chegou paramentado, pisando duro. A roupa de franja, o lenço vermelho no pescoço, o chapéu e as botas de couro sugeriam o mais valente peão. De longe, ele via o cavalo, que relinchava, escoiceava, fazia tremer as traves do cercado. A arquibancada acenava; a arena aguardava, intacta, o espetáculo.
Malazartes surgiu na beira do cercado, deu com a mão no traseiro do animal, sussurrou-lhe ao ouvido. Silêncio na plateia. Quando o cavaleiro subiu as traves para montar, de súbito, a porteira abriu e o cavalo galopou em disparada, atravessou a arena, topou com a fila de pessoas que aguardavam o milho assado.
Malazartes diz que vociferou, com a autoridade de quem antevia o clamor público:
— Tá vendo só? Não há cavalo que resista à minha coragem! O pangaré nem me deixou montar. Por quê? Porque sabe que quem manda aqui sou eu!
O povo, delirando, aclamou Malazartes “o peão invencível”!
O que Malazartes sussurrou no ouvido do cavalo?
— Amigão, sabia que estão distribuindo milho assado na manteiga, de graça, lá no portão? Corre lá! Entra na fila, meu cavalinho brabo!”
E então? Gostou do novo episódio de Pedro Malazartes? Bem original, não é mesmo?
Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto (clique aqui) – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo…
Antes de postar a redação na Plataforma, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados entre si, se os fatos obedecem a uma sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetição nem sobra de palavras, se a acentuação gráfica, a pontuação, a ortografia, a conjugação verbal, as regências e as concordâncias estão corretas.
Tudo ok? Poste a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto.
Também convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir.
Essa redação que você acabou de ouvir também está disponível no site.
Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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