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A metáfora é a cereja do bolo!

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La trahison des images, René Magritte

Metáfora?

É uma figura de linguagem em que um termo substitui outro em uma relação de semelhança entre os elementos que esses termos designam. Tal semelhança é resultado da imaginação, da subjetividade de quem cria a metáfora. Para simplificar, podemos dizer que a metáfora é uma comparação implícita, vez que dispensa o uso dos conectivos/verbos de comparação.

Nos exemplos:

1) Minha sogra se parece com um maracujá.

2) Minha sogra é um maracujá.

Não há dúvida de que no exemplo de nº 1 temos uma comparação, que se estabeleceu pelo verbo “parece”. Já no exemplo de nº 2, é evidente que “sogra” não é “maracujá”. Entretanto, o que se pretendeu mostrar foi a semelhança havida entre “sogra” e “maracujá”, ambos, por certo, enrugados – a essa aproximação, sem o conectivo ou o verbo que estabeleça a comparação, chamamos metáfora.

Outros exemplos de construções metafóricas:

  • O vestido preto e opaco era o velho documento de sua vida.

(Clarice Lispector)

  • És página virada, descartada do meu folhetim.

(Chico Buarque)

  • O verão é um senhor gordo, sentado na varanda e reclamando cerveja.

(Mário Quintana)

As figuras de retórica, por exemplo, a metáfora, estão a serviço dos textos literários e, por isso, não devem ser empregadas nos textos utilitários, muito menos na dissertação-argumentativa do Enem. 

( X ) Mito

(    ) Verdade

Seguem exemplos de textos utilitários em que figuras de linguagem, em especial a metáfora, foram empregadas – e muito bem empregadas!

1. É verdade que, até hoje, poucas intervenções afirmativas foram destinadas à inclusão daqueles que vivem às margens do chantilly social. As cotas raciais e afins devem ser implementadas. (Gislaine Buosi)

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2. É preciso que o Ministério Público aja com rigor a fim de que a Samarco, braço trincado da Mineradora Vale do Rio Doce, não só reconstrua o Distrito, mas também revitalize os mananciais, e, ao mesmo tempo, cuide para impedir novos desastres. Se a intervenção não for imediata e eficiente, Fundão terá sido só o começo do fim. (Gislaine Buosi)

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3. HONDA BIZ 110i APOSENTA CARBURADOR

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4. Delcídio Amaral é o fio desencapado que os investigadores da Operação Lava Jato tanto buscavam e que o universo político tanto temia. 

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2015/11/1712267-governo-recebe-como-um-recado-mencao-de-delcidio-a-dilma-rousseff.shtml

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5. Tudo considerado, o governo entra nessa batalha do impeachment quase sem nenhuma gordura política para queimar ao longo do caminho. E há ainda um longo deserto pela frente. 

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6. PMDB do Rio avisa que vai desembarcar do governo 

http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/post/pmdb-do-rio-avisa-que-vai-desembarcar-do-governo-dilma.html

7. É hora de virarmos a página da história do Brasil e de trabalharmos juntos para reconstruí-lo.

Veja como a metáfora tem sido focalizada no Enem:

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(ENEM 2011) – O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar

a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico.

b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade.

c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.

d) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.

e) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.

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(ENEM 2014) – Os  meios de  comunicação podem contribuir para a resolução de problemas  sociais, entre os  quais o da  violência sexual infantil. Nesse sentido, a  propaganda usa a metáfora do pesadelo para 

a) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os  perigos dessa prática, contribuindo  para  erradicá-la.

b) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de  colocar  criminosos na cadeia.

c) dar a devida dimensão do que é  abuso sexual para  uma criança, enfatizando a  importância da denúncia.

d) destacar que a violência sexual  infantil  predomina durante  a noite,  o  que requer maior cuidado dos responsáveis  nesse período.

e) chamar a atenção para o fato de o abuso infantil durante  o sono, sendo confundido por  algumas  crianças com um  pesadelo.

Metáfora

Gilberto Gil

Uma lata existe para conter algo,

Mas quando o poeta diz: “Lata”

Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo,

Mas quando o poeta diz: “Meta”

Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso não se meta a exigir do poeta

Que determine o conteúdo em sua lata

Na lata do poeta tudonada cabe,

Pois ao poeta cabe fazer

Com que na lata venha caber

O incabível

Deixe a meta do poeta não discuta,

Deixe a sua meta fora da disputa

Meta dentro e fora, lata absoluta

Deixe-a simplesmente metáfora.

(ENEM 2009, cancelado) – A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:

a) “Uma lata existe para conter algo”.

b) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata’”.

c) “Uma meta existe para ser um alvo”.

d) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.

e) “Que determine o conteúdo em sua lata”.

Se é que você ainda não os conhece, consulte:

  • E-book – Figuras de Linguagem e
  • E-book – Figuras de Linguagem – Exercícios

Confira também a seguir exemplo de redação nota 1000, em que foram empregadas, não só a metáfora, mas também outras figuras de linguagem.

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, que responda à pergunta-tema: Liberdade de expressão x Intolerância religiosa: como distinguir “crítica” de “intolerância”? Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

posso-falar

Liberdade de (opressão) expressão

Por Gislaine Buosi

Consta nos anais da História, que a Revolução Francesa – um dos maiores pilares da burguesia – clamava pela transformação de um século obscuro e ignorante em um século iluminado, igualitário e liberto dos ranços impostos pela Igreja. A causa revolucionária contou com os ideais apregoados por Rousseau, e irradiou-se por todo o mundo civilizado, trazendo liberdade entre os povos, conforme a Declaração dos Direitos Humanos – fruto maduro da Revolução.

Todavia, é preciso trazer à tona, a despeito da liberdade de expressão de que tanto se fala hoje, que há quem, em nome dela, fomente insolências, ou, eufemisticamente, como pretendem os cartunistas, fomente o humor provocativo, as críticas corrosivas e demais manifestações ácidas. Mas há, também, uma grande parcela da sociedade que está disposta a seguir os ideais libertários, oferecendo cultura e discussões saudavelmente picantes.  O artigo 19 da Declaração antes mencionada, mais tarde referendado pela Constituição Brasileira, garante o direito à informação, motor do Estado Democrático de Direito.

Entretanto, não se pode afirmar que a liberdade seja usada somente em favor do desenvolvimento intelectual dos povos. Ao contrário: pessoas perdem, a cada dia, o respeito ao próximo e, inevitavelmente, a agressividade e a rebeldia eclodem.

Por tudo isso, muito embora a liberdade de expressão – essencial para o progresso sociointelectual – deva ser uma bandeira hasteada ao pé do tribunal, no coreto da pracinha e no altar da sinagoga, convém não confundir liberdade de expressão com libertinagem nem, ainda, com liberdade de opressão. A lei que assegura o livre curso do pensamento não autoriza ninguém a achincalhar o moral alheio. É verdade que a humanidade aplaude espetáculos cômicos, mas o paladar refinado pelo bom senso repudia, obviamente, posturas extremas e preconceituosas. É postura inteligente e racional o humor instigante, porém não vulgar nem ofensivo.

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