A caminho da Unicamp

 A Unicamp surpreende,

mas não assusta!

A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares) é responsável por elaborar o processo seletivo para ingresso de alunos na Unicamp. E é verdade: as duas propostas (obrigatórias) de redação da Unicamp surpreendem os candidatos.

Dentro de um universo enorme de gêneros textuais, a Unicamp não se limita a propor a dissertação tradicional. Isso equivale a dizermos que o candidato deve estar preparado para redigir quaisquer textos – da Biografia aos Classificados; do Resumo ao Editorial…

Os temas ou situações-problemas, geralmente, apoiam-se no contexto social e, bem por isso, insistimos: o candidato deve ater-se à leitura de jornais e revistas.

Importante: a leitura de que falamos não é pouco atenta; é muito! O candidato Unicamp deve ler, ao longo do ano, jornais e revistas, não só com a finalidade de assimilar o conteúdo, mas também de observar a estrutura do texto. Feito isso, o candidato/leitor saberá, ao certo, como redigir aquela determinada peça. Olhos atentos:

É uma entrevista. Como foi redigida? Tem título? Tem data? Tem vocativo? É assinada? A que tipo textual pertence? Tem conclusão? Tem saudação? O entrevistador opina?… 

Já foram contemplados pela Unicamp os seguintes gêneros textuais: Resenha, Texto de divulgação científica, Síntese, Carta-convite, Relatório, Carta Aberta, Carta de Leitor, Carta Argumentativa, Resumo, Comentário, Manifesto, Verbete, Crônica, Discurso, Palestre, Artigo de Opinião.

As duas redações, de, no máximo, 22 linhas cada, serão, obrigatoriamente, avaliadas por duas bancas corretoras. A primeira avaliará três critérios: propósito, interlocução e gênero. A segunda avaliará a qualidade dos textos, no que se refere à gramática normativa, ao estilo, à coerência, à coesão e a concisão textuais. Recomendamos ao candidato escrever segundo o padrão semiformal da língua.

Desse modo, as exigências da segunda banca corretora, ou seja, da grade holística, já são bem conhecidas.

Para satisfazer às exigências da primeira banca, importante esclarecermos, ainda, o que são:

• Gênero: é o emprego correto da estrutura textual exigida pela situação proposta – o que se pretende é verificar se o aluno sabe, com segurança, diferençar (e redigir) um Artigo de Opinião de um Relatório, um Manifesto de uma Biografia etc.
• Interlocução: é a correta identificação dos interlocutores, ou seja, dos envolvidos naquela comunicação – quem escreve? e para quem escreve? Percebamos que, construídos os interlocutores, o estilo de escrita também se impõe.
• Propósito: é a finalidade para a qual o texto é redigido.

Comumente, a proposta de redação da Unicamp traz três expressões grifadas. Observemos o enunciado abaixo, de 2014:

Percebamos que cada um dos três grifos corresponde a um critério reclamado pela primeira banca corretora. Entretanto, ressalvamos: não devemos nos condicionar aos grifos! Eles podem, a qualquer tempo, ser cortados.

Então, de acordo com o enunciado da proposta acima:

• Gênero: carta aberta.
• Interlocução: você (membro da associação) e os internautas (vez que a carta será divulgada nas redes sociais).
• Propósito: reivindicar às autoridades municipais ações consistentes para a melhoria da mobilidade urbana na sua cidade.

Gostou do post?

Fique por aqui e visite as propostas de redação modelo Unicamp disponíveis na Plataforma Redigir.