Em julho de 2019, dado mais
recente do InfosigaSP, o Estado de São Paulo registrou 402 mortes, somando vias
urbanas e estradas, o que representa redução de 16,6% na comparação com o mesmo
período de 2018, que registrou 482 ocorrências. (...) Especialistas em
mobilidade alertam também que é um erro considerar que o problema é apenas
cultural. “A visão de que só a imprudência dos motoristas é responsável pela
tragédia que representa o trânsito no Brasil é um limitador das ações que podem
e devem ser tomadas para evitar mortes e feridos no trânsito”, diz Sérgio
Avelleda, diretor de mobilidade do programa de cidades do WRI Global.
Violência no trânsito mata tanto quanto a violência
pública
A cada 10 minutos uma pessoa morre vítima de violência pública no Brasil, ou seja, 6 mortes por hora. Esse número praticamente se iguala quando se trata de acidentes de trânsito: a cada 12 minutos uma pessoa morre vítima da violência no trânsito, ou seja, 5 mortes a cada hora (...) O número de mortes causadas por armas de fogo, objetos cortantes e agressões em geral, nos últimos cinco anos em todo Brasil (de 2011 a 2015), matou cerca de 260 mil pessoas no país. No mesmo período considerado pelo levantamento, foram registradas cerca de 210 mil mortes em acidentes de trânsito, o que corresponde a cinco mortes por hora, ou uma morte a cada 12 minutos.
Violência no trânsito é a terceira maior causa de
mortes no mundo
Acidentes no trânsito
são a terceira causa de morte no mundo, ficando atrás apenas das doenças
cardíacas e câncer. Com base nas estatísticas, a Organização Mundial da Saúde
iniciou, em 2011, a década das ações contra acidentes no trânsito. Essas ações
visam ao esclarecimento e orientação da população para tentar reverter os
números, que aumentam ano a ano, principalmente com o uso do álcool. (...) As
estatísticas mostram que os jovens são os principais envolvidos em acidentes
com mortes, e o uso do álcool está inserido no fator causador do acidente.
Apesar de todos os estímulos e campanhas de alerta, os jovens continuam bebendo
ou pegando carona com quem bebeu. (...) Mais de 70% dos jovens dirigem após
beber, e que, hoje, os acidentes com uso do álcool causam prejuízos, muitas
vezes, permanentes e mesmo fatais. O álcool é um inibidor do sistema nervoso
central que impede estímulos e, consequentemente, reflexos ao volante, além de
mudar a resposta aos riscos. Acaba-se dirigindo mais rápido, com menos cuidado.
De todos os acidentes, temos uma média de 50% causados pelo uso do álcool.
Com dez anos da Lei Seca, mortes no trânsito ainda
preocupam
Maus hábitos de
motoristas e baixa aplicação da legislação ameaçam segurança do trânsito no
país, que registra 40 mil mortes em acidentes por ano. A fiscalização é mais
eficiente em grandes cidades. O Brasil lota um estádio de futebol por ano com o
número de mortes em acidentes de trânsito. São cerca de 40 mil pessoas mortas.
A ingestão de bebida alcoólica fica atrás apenas de falha humana nas causas de
acidentes de trânsito, segundo especialistas. (...) Nos quatro primeiros meses
de 2018, apenas em rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
registrou mais de 300 mortes em acidentes provocados por condutores que haviam
ingerido bebida alcoólica. (...) No relatório da OMS, o Brasil aparece como um
dos poucos países com lei que prevê tolerância zero para bebida alcoólica.
Educar para o trânsito
não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também a contribuir
para formar cidadãos responsáveis e comprometidos com a preservação da vida.
Diante do quadro de violência que vem se apresentando no trânsito (...),
torna-se necessário o envolvimento de toda a sociedade nessa tarefa de educar,
na qual a família e a escola (...) não podem se eximir de tal responsabilidade.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: CAMINHOS PARA CONTER A VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO, NO BRASIL DO SÉCULO 21.
Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.