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UEMG 2016 - CAMPANHA SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL

UEMG

UEMG 2016


TEXTO I

Respeitem meus cabelos, brancos , Chico César

 

 

Respeitem meus cabelos, brancos

Chegou a hora de falar

Vamos ser francos

Pois quando um preto fala

O branco cala ou deixa a sala

Com veludo nos tamancos

Cabelo veio da África

Junto com meus santos

Benguelas, zulus, geges

Rebolos, bundos, bantos

Batuques, toques, mandingas

Danças, tranças, cantos

Respeitem meus cabelos, brancos

Se eu quero pixaim, deixa

Se eu quero enrolar, deixa

Se eu quero colorir, deixa

Se eu quero assanhar, deixa

Deixa, deixa a madeixa balançar

 

TEXTO II

Tire o racismo de seu vocabulário: palavras e expressões para parar de falar

“Cabelo ruim”, “Cabelo de Bombril”, “Cabelo duro” e a expressão mais desnecessária: “Quando não está preso está armado”. A questão da negação da nossa estética é sempre comum quando as pessoas se referem ao nosso cabelo afro. São falas racistas usadas, principalmente na fase da infância, pelos colegas, as quais se perpetuam em universidades, em ambientes de trabalho e até em programas de televisão, com a presença negra aumentando na mídia. Falar mal das características dos cabelos dos negros também é racismo.

www.modefica.com.br/expressoes-rascistas/#.Vg8JHexViko. Adaptado.

TEXTO III

 

 

TEXTO IV

"É preciso cuidado com os importados, principalmente quando se trata de produtos culturais. Por exemplo, veio dos EUA a instituição do politicamente correto, que no começo pode ter feito bem aos nossos costumes, pois serviu para neutralizar os exageros e impropriedades de palavras e gestos que revelavam preconceitos de um imaginário racista e sexista. Me lembro do repertório que na escola usávamos como xingamentos contra pessoas diferenciadas por raça, cor, religião ou físico: "Ô, judeu!", Ô, Crioulo!", "Ô, balofo!", "Ô, anãozinho!". Evitar esses termos ofensivos ou depreciativos, substituindo-os por eufemismos, isto é, por expressões mais suaves e delicadas, constituía o primeiro passo na luta contra a discriminação. Afinal, a agressão verbal era um sintoma." VENTURA, 2012, p.65.

INSTRUÇÃO

Considere a seguinte situação: você está criando um site, na internet, para discutir a identidade do povo brasileiro. Escreva o texto de uma campanha de conscientização, para constar na página de abertura desse site, fazendo uma reflexão sobre o respeito à diversidade estética e cultural em seu país, de modo a combater preconceitos. O título de seu texto deverá ser um slogan criativo.

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