EM - CARTA ABERTA - MODELO UNICAMP - VACINAÇÃO x FAKE NEWS
UNICAMP
CARTA
ABERTA PARA A COMUNIDADE ESCOLAR
VACINAÇÃO E FAKE NEWS
MODELO UNICAMP
ID: EQZ
Texto
I
Por
que o sarampo voltou e já causou três mortes em São Paulo
Em
2016 Brasil foi considerado território livre da doença, que voltou a circular
novamente no ano passado no Norte. Neste ano, São Paulo já conta três mortos,
entre eles dois bebês
Em setembro de 2016 o Brasil comemorava a eliminação do
sarampo em seu território, segundo atestava um certificado entregue pela
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) (...). Três anos depois, o sarampo disparou
alarmes na maior cidade brasileira. No Estado de São Paulo, o maior atingido
neste ano, 2.457 pessoas já adoeceram e três morreram (entre elas dois bebês,
confirmados nesta sexta-feira, 30 de agosto de 2019), isso após um enorme surto com
mais de 10.302 casos e 12 óbitos ter atingido com força o país, especialmente a
região Norte, entre o início de 2018 e o de 2019. Os surtos recentes de sarampo
fizeram o Brasil perder a certificação dada pela OPAS. Uma mudança radical em
pouco tempo, que se relaciona com o sucesso – e a posterior falha – nos níveis
de imunização do país. (...)
Erradicado do território brasileiro por conta das boas
taxas de vacinação do passado, o vírus pouco circulou no país nos últimos anos,
deixando de entrar em contato com gerações inteiras. Sem o alarme que a doença
provocava antes da década de 1980, quando a vacinação começou a ser aplicada,
baixou-se a guarda. E as taxas de imunização caíram. O resultado é que o
sarampo chegou ao Brasil e menos gente do que deveria estava protegida. O
frágil equilíbrio epidemiológico foi rompido, uma história que se repete em
vários outros países, conforme alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A
a OPAS já considera esta a pior onda mundial de surtos de sarampo desde 2006.
“A
vacina é mortal.” “Essas doses já mataram milhares.” “Não vacine seus filhos. É
um risco.” Frases como essas são amplamente compartilhadas nas redes sociais e
aplicativos de mensagem como o WhatsApp. Ataques à vacina têm se tornado
problema de saúde pública e preocupado especialistas. Nas redes sociais, o
Correio localizou grupos que somam quase 15 mil pessoas os quais propagam as fake news. Comumente, são informações infundadas, mentirosas e apelativas. Para combater
os baixos níveis de cobertura, o Ministério da Saúde estuda ampliar o Programa
Saúde na Escola, fortalecendo a vacinação nas escolas. (...) A ideia é
incrementar as ações de vacinação nas salas de aula.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO:
Imagine que você seja o diretor de uma escola, e, diante das recentes notícias
acerca do retorno do sarampo (por conta da falta de vacinação), resolve escrever
uma CARTA ABERTA, destinada a toda a comunidade escolar (alunos, pais, professores, colaboradores).
Nesta CARTA você deverá:
1) advertir a comunidade a respeito das fake news que, como o
nome já adianta, circulam pelas redes sociais, com informações infundadas,
mentirosas e apelativas acerca da vacinação;
2) esclarecer sobre a necessidade da vacinação;
3) informar que a escola promoverá uma campanha de vacinação
no dia ___/___/___;
4) incentivar a comunidade a vacinar-se.
Cópias
da CARTA ABERTA serão afixadas em lugares estratégicos ao redor da escola e em
outros pontos da cidade.
***
Só para lembrar...
A CARTA ABERTA é um gênero textual expositivo, argumentativo e reivindicatório. A principal característica da CARTA ABERTA é permitir que uma pessoa ou uma coletividade exponha, abertamente, suas reclamações e suas pretensões/reivindicações acerca de algo que, normalmente, não alcançou de modo particular – então a necessidade de um apelo “aberto”.
Como fazer uma CARTA ABERTA?
A composição da CARTA ABERTA é maleável. Ainda que não necessariamente nesta sequência, a CARTA ABERTA contém, geralmente, os elementos da carta tradicional, quais sejam: local, data, vocativo, apresentação do remetente, síntese do assunto, discussão e sugestões do remetente para a solução de problemas, frase de impacto/exclamações de ordem (opcional), agradecimento, despedida e assinatura – uma pessoa assina a CARTA em nome próprio e, se for o caso, em nome da coletividade.
A CARTA ABERTA pode ser escrita em 1.ª ou 3.ª pessoa do singular ou do plural. Geralmente,
contém título (CARTA ABERTA) e subtítulo, que procura adiantar quem é o
remetente, o destinatário e o assunto. Por exemplo: