VOLTAR PARA OS TEMAS

MODELO ENEM - MOVIMENTOS FEMINISTAS

ENEM

MOVIMENTOS FEMINISTAS

MODELO ENEM

ID: EHY


TEXTO I

Mobilizações de mulheres com reivindicações feministas existiram no Brasil em dois períodos anteriores. O primeiro, na segunda metade do século XIX, quando uma série de jornais editados por mulheres levantou a questão da emancipação feminina por meio da reivindicação do acesso à educação e à instrução. O segundo período, na primeira metade do século XX, quando uma nova geração de feministas — lideradas por Berta Lutz, em torno da Federação Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF) e por Natércia da Silveira em torno da Aliança Nacional de Mulheres — investiu prioritariamente na luta pelo direito de voto (conquistado pelas brasileiras em 1932), em defesa do trabalho feminino e da promoção social. Nesse mesmo período, a escritora Maria Lacerda de Moura, além de desenvolver uma reflexão sobre a cidadania e os direitos políticos, a exemplo de suas contemporâneas defensoras do direito de voto, se interessou pelas discriminações sofridas pela mulher no âmbito da família, pelos mecanismos de criação do conformismo e da submissão no trabalho doméstico e assalariado, aparecendo como precursora de alguns aspectos mais libertários e inovadores do pensamento feminista contemporâneo.

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/movimento-feminista


TEXTO II



https://emais.estadao.com.br/blogs/nana-soares/ganhar-menos-nao-e-o-unico-problema-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho/


TEXTO III

Desde quando surgiu, o conceito de feminismo foi deturpado por uma série de preconceitos e aspectos negativos que não correspondem ao que ele realmente é. O objetivo do movimento feminista é simples: alcançar uma sociedade em que homens e mulheres tenham direitos iguais, ou seja, sem hierarquia de gênero. “O feminismo é necessário, não apenas para que as mulheres tenham direitos iguais, mas também para que possam ser respeitadas em sua humanidade”, explica Djamila Ribeiro, filósofa e pesquisadora do programa de pós-graduação em Filosofia da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/ Unifesp). Para ela, não há como negar que vivemos em um país machista, no qual as mulheres são oprimidas em todas as esferas sociais, e estão em desvantagem em relação aos homens. Os indicadores são irrefutáveis. Basta citar, por exemplo, o Relatório Global de Desigualdade de Gênero, divulgado (...) no final de 2015, que aponta a disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil – para cumprirem o mesmo trabalho, com as mesmas funções e qualificações, as mulheres ganham 41% a menos. A violência contra a mulher também é uma realidade. De acordo com o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, construído com base em informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, a agressão doméstica e familiar é a principal forma de violência letal praticada contra as mulheres no país. Dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, comprovou-se que 50,3% foram cometidos por familiares, sendo a maioria desses crimes (33,2%) atribuída a parceiros ou ex-parceiros. Além da disparidade salarial e da violência, outros fatores que – para a filósofa – explicitam a hierarquia de gênero e o machismo estrutural da sociedade são: assédio e violência sexual sofridos diariamente por um número crescente de mulheres (...); representação política ínfima no Congresso Nacional; alta mortalidade materna; criminalização do aborto em parte devido à discussão precária sobre o tema; e educação sexista.

https://www.unifesp.br/reitoria/dci/edicao-atual-entreteses/item/2222-preconceito-distorce-luta-pela-igualdade-de-genero


TEXTO IV

Alguns antifeministas veem o feminismo como uma negação das diferenças inatas entre os sexos, além de uma tentativa de reprogramar as pessoas contra suas tendências biológicas. Os antifeministas argumentam frequentemente que o feminismo, apesar de afirmar que adota a igualdade, ignora questões de direitos exclusivas aos homens. Alguns acreditam que o movimento feminista atingiu seus objetivos e agora busca um status mais elevado para as mulheres do que para os homens, por meio de direitos especiais e isenções, como bolsas de estudo femininas, ações afirmativas e cotas de gênero. Alguns antifeministas, ainda, alegam que o feminismo provocou mudanças nas normas anteriores da sociedade relativas à sexualidade, o que prejudicou valores tradicionais ou crenças religiosas conservadoras. Os antifeministas afirmam que a mudança dos papéis das mulheres é uma força destrutiva que põe em perigo a família ou é contrária à moral religiosa.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antifeminismo, com ajustes.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “MOVIMENTOS FEMINISTAS NO BRASIL DO SÉCULO XXI”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

REDIGIR A MAIS LTDA. Copyright © 2021. All rights reserved.