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MODELO ENEM - MOTORISTAS DE APPs EM TEMPOS DE PANDEMIA

ENEM

MOTORISTAS DE APPs EM TEMPOS DE PANDEMIA

MODELO ENEM

ID: FBH



Texto I



Texto II 

Serviços intermitentes contratados por demanda, como o dos motoboys, são parte do que estudiosos (...) chamam de uberização do trabalho — o nome é inspirado no modelo de atuação da plataforma Uber, de transporte de passageiros. O modelo que trata os colaboradores como “parceiros”, não funcionários, permite que as empresas desviem da legislação trabalhista, se eximindo de pagar os direitos e garantias previstas quando há vínculo empregatício. Sem vínculo empregatício, entregadores de aplicativos que se acidentaram durante as entregas dizem não terem recebido suporte das empresas.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2020/07/essenciais-no-distanciamento-sem-direitos-e-atolados-de-trabalho-a-rotina-dos-motoboys-na-pandemia-ckcgpop1700380147qr300jav.html, com apadtações


Texto III

Antes mesmo da pandemia, a rotina estressante já apresentava reflexos na vida dos trabalhadores. Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgada em março/2021 constatou que, de 101 motoboys entrevistados, 75% tinham ao menos um diagnóstico de doença psiquiátrica, como crises de ansiedade, mudanças bruscas de humor e até transtornos de personalidade, incluindo uso abusivo de álcool e drogas.

http://www.protecaoeventos.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=AJjjAQ&pagina=11


Texto IV

Um recente levantamento (...) feito a partir de quatro estados brasileiros indica que os entregadores por aplicativos passaram a trabalhar mais no início da pandemia, porém tiveram uma redução significativa do salário. A pesquisa feita pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) ouviu 252 pessoas de 26 cidades, entre os dias 13 e 20 de abril de 2020, por meio de um questionário online. Entre os entrevistados, 60,3% relataram uma queda na remuneração, comparando o período de pandemia ao momento anterior. Outros 27,6% disseram que os ganhos se mantiveram, e apenas 10,3% disseram que estão ganhando mais dinheiro durante a quarentena.

https://www.portaldotransito.com.br/noticias/pandemia-muda-a-geografia-da-mobilidade-urbana-o-transito-e-os-entregadores-de-delivery-2/, com adaptações


Texto V

Em protesto pela falta de condições adequadas para trabalhar, entregadores que prestam serviço a aplicativos de delivery paralisaram suas atividades em diversas capitais do país. A mobilização serviu para chamar a atenção não só das autoridades, como também de donos de restaurantes e clientes que, muitas vezes, ignoram os rostos de quem, por trás dos capacetes, os poupam de se exporem ao vírus, colocando em risco a própria saúde. (...) “Os governantes pediram que as pessoas ficassem em casa e chamassem delivery, mas não disseram como seria protegido esse delivery. (...) Estamos buscando o mínimo necessário. Nos tornamos essenciais [por força de ato normativo do Presidente da República], mas não temos nada — argumenta o presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto), Valter Ferreira. Motoboys nunca trabalharam tanto. Representantes da categoria estimam que a pandemia provocou um acréscimo de até 40% na demanda diária dos entregadores. (...) Diante da escassez de vagas de empregos formais em razão da crise econômica, as plataformas digitais viraram o último recurso de alguns dos milhões lançados ao desemprego nos últimos meses.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2020/07/essenciais-no-distanciamento-sem-direitos-e-atolados-de-trabalho-a-rotina-dos-motoboys-na-pandemia-ckcgpop1700380147qr300jav.html, com adaptações

 

Texto VI

Um motorista de aplicativo é um empreendedor ou um trabalhador em uma situação precarizada? (...) De um lado, há os que dizem que os motoristas são explorados pelas empresas. De outro, os que consideram que são donos do próprio negócio. Entretanto, considerar a “uberização” do trabalho como um processo empreendedor é uma deturpação do conceito de empreendedorismo. Na realidade, motoristas de aplicativos nem sequer podem ser considerados uma “nova classe” de profissionais. Segundo Clemente Ganz, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), eles não são empreendedores, tampouco se enquadram nas formas mais “clássicas” de trabalho. “É uma situação anômala a tudo aquilo que relacionamos com trabalho. O motorista não é exatamente um autônomo, pois não há vínculo. Também não entra na relação assalariada clássica” (...), afirma Clemente.

https://vermelho.org.br/2020/01/14/a-uberizacao-do-trabalho-motorista-de-aplicativo-nao-e-empreendedor/, com adaptações



Texto VII

Entregadores e motoristas de aplicativo que prestam serviço para plataformas digitais, como Uber e Ifood, têm direito a benefícios previdenciários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mesmo sem ter a carteira de trabalho assinada? A resposta é sim, mas desde que esses profissionais façam contribuições por conta própria. (...) Para esses profissionais acessarem a Previdência Social, é preciso contribuir com o INSS com o próprio dinheiro. Assim, têm direito a aposentadoria, pensão por morte, auxílio-acidente e outros benefícios previdenciários.

https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2021/10/29/entregadores-motoristas-aplicativo-beneficios-inss.htm


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A polêmica em torno dos motoristas de Apps em tempos de pandemia”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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