Machado de Assis nasceu em uma chácara no morro do
Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Filho de Francisco
José de Assis, um mulato, pintor de paredes, e de Maria Leopoldina Machado de
Assis, lavadeira, de origem portuguesa, da Ilha dos Açores. Ainda pequeno,
ficou órfão de mãe, e o pai casou-se pela segunda vez. Para ajudar nas despesas
da casa, trabalhou vendendo doces. Frequentou por pouco tempo uma escola
pública.
A carreira e a Academia Brasileira de Letras
Logo cedo (...), aprendeu francês com uma amiga. Em
1851, morreu o pai. Em 1855, frequentava a tipografia e livraria de Francisco
de Paula Brito, onde se publicava a revista Marmota Fluminense, em cujo número
de 21 de janeiro sai seu poema "Ela". Em 1856 entrou na Tipografia
Nacional, como aprendiz de tipógrafo, onde conheceu o escritor Manuel Antônio
de Almeida, de quem se tornou amigo. Ali permaneceu até 1858. (...)
Em 1867 iniciou a carreira de funcionário público. Por indicação do
jornalista e político Quintino Bocaiuva, tornou-se redator do Diário Oficial, e logo foi promovido a
assistente de diretor. Em 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais,
que o estimulou na carreira literária. Em 1872 publicou seu primeiro romance,
"Ressurreição".
Machado de Assis teve uma carreira meteórica, como funcionário público.
Em 1873 foi nomeado primeiro oficial da Secretaria (Ministério) da Agricultura,
e três meses depois assumiu a chefia de uma seção. Recebeu do Imperador o grau
de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por serviços prestados às letras nacionais.
Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras,
em 1896. Foi aclamado para presidente da ABL. (...) Em sua homenagem, a
Academia é chamada de "Casa de Machado de Assis".
Últimos anos e morte
Em outubro de 1904, morreu Carolina, a esposa que, além de revisora das
obras machadianas, era a enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde
abalada pela epilepsia. Após a morte da esposa, o romancista raramente saía de
casa. (...)
Joaquim Maria Machado de Assis morreu no Rio de Janeiro, no dia 29 de
setembro de 1908. Foi enterrado no cemitério de São João Batista, na mesma
cidade onde nasceu e viveu toda sua vida. Representando a Academia Brasileira
de Letras, o jurista Rui Barbosa fez um discurso em homenagem ao escritor.
Obras de Machado de Assis
Machado de Assis escreveu inúmeros poemas, contos, peças teatrais e
romances. Suas principais obras são: Ressurreição, romance, 1872; A Mão e a
Luva, romance, 1874; Helena, romance, 1876; Iaiá Garcia, romance, 1878; Memórias
Póstumas de Brás Cubas, romance, 1881; Papéis Avulsos, contos, 1882; O
Alienista, conto, 1882; Quincas Borba, romance, 1891; Dom Casmurro, romance,
1899; Esaú e Jacó, romance, 1904.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Você foi convidado a entrevistar,
ainda que imaginariamente, Machado de Assis. Lido o material de apoio, passe a
“entrevistar” Machado de Assis. Escreva, aproximadamente, 30 linhas – componha de
6 a 8 perguntas, com as respectivas respostas.
É fácil: Selecione da biografia do autor os fragmentos
que você considerar mais relevantes – eles serão, depois de ajustados, as
“respostas” às perguntas que você, a partir delas, elaborará. (Obviamente, as
perguntas devem ter conexão com as respostas.)
Capriche! Imagine que a
entrevista será publicada numa revista de grande circulação nacional.
Só
para lembrar...
ENTREVISTA
é gênero textual do domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre
entrevistador (jornalista) e entrevistado (personagem do fato/da notícia). A
entrevista é um dos modos de apuração das informações, que são matéria-prima da
notícia.
Como
fazer?
Preliminarmente,
o jornalista/entrevistador indaga e ouve as narrativas do entrevistado. A
partir da coleta dessas informações, a entrevista é redigida, com a
apresentação, ainda que breve, da revista/jornal entrevistador, da biografia do
entrevistado, do tema da entrevista e da respectiva importância dele no
contexto em que está inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em
seguida, alternam-se perguntas (do entrevistador) e respostas (do
entrevistado). Para a sequência dialogal de perguntas e respostas, são utilizadas
rubricas que identificam o entrevistador e o entrevistado. Geralmente,
atribui-se um título (criado pelo entrevistador ou pelo editor), seguido de uma
frase de efeito (colhida das falas do entrevistado).
IMPORTANTE:
O entrevistador precisa estar atento na elaboração das perguntas, que devem ser
objetivas/curtas. Obviamente, as falas do entrevistador não devem ser maiores
que as do entrevistado.