Segundo dados do IBGE (2013)
metade das empresas fecha as portas no Brasil após quatro anos. (...) Estudo
realizado pela Escola de Negócios da Universidade Leeds no Reino Unido, em
fevereiro de 2013, mostrou que empresas startup com uma mulher na diretoria têm
27% menos risco de falir, se comparadas com empresa que têm apenas homens no
corpo diretivo. (...) A falta de apoio de familiares, amigos e até de bancos
que inviabilizam a concessão de empréstimos financeiros para elas é a crítica
mais indicada pelas mulheres. A falta de confiança dos clientes, fornecedores e
acionistas vem em seguida. Essas dificuldades estão diretamente ligadas a uma
sociedade predominantemente machista. A principal fonte de recurso para a
mulher conseguir abrir sua própria empresa tanto no Brasil, Canadá e França é o
capital proveniente de economias pessoais, empréstimos familiares ou de amigos.
Quando as norte-americanas Kate Dwyer e Penelope Gazin decidiram
empreender, elas encontraram, assim como muitos, dificuldades pelo meio do
caminho. No caso delas, o problema não foi escolher o nicho de mercado (...). Ter
o dinheiro para alavancar a ideia do negócio, por sua vez, não foi algo simples,
e elas tiveram de tirar o investimento inicial do próprio bolso. No entanto, a
principal complicação (...) foram o machismo e o sexismo. (...). Na ocasião, elas
contavam com um desenvolvedor responsável para criar a plataforma, o qual ficou
frustrado, após Penelope não aceitar sair com ele, e tentou deletar todo o
trabalho que já estava sendo feito pelas empreendedoras. (...) Foi a partir
desse cenário sexista que as duas empreendedoras tiveram a ideia de criar um
terceiro fundador – fictício – o qual seria do sexo masculino: Keith Mann, que passou,
então, a trocar e-mails com os desenvolvedores. “Foi instantâneo. Os
desenvolvedores demoravam dias para me responder, mas, para Mann, vinham
respostas, atualizações de status e até solicitações (...) mais rapidamente. Quando
falavam com Keith, eles sempre usavam o nome de Keith; quando falavam com
Penelope e comigo, nunca usavam nossos nomes. (...). Acredito que nós
poderíamos ter ficado muito chocadas com esse fato. (...) As pessoas irão falar
com mais respeito com esse homem imaginário do que com nós mesmas? Mas, sabe,
isso é só uma demonstração do mundo no qual estamos inseridos agora.”, diz
Kate.
As mulheres têm aumentado sua representatividade e inovado nas formas de trabalho. Com elas, surgem também novos desafios e oportunidades para serem explorados nos negócios. Na mesma medida em que as empreendedoras contribuem para o desenvolvimento do país, elas também investem na educação de suas famílias e, assim, possibilitam o crescimento de mais pessoas. O empreendedorismo feminino tem toda essa força.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Desafios do empreendedorismo feminino no Brasil do século 21”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os valores humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.