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EM - RESENHA CRÍTICA - ENCHENTES - ATUALIDADE DA POESIA DE DRUMMOND

RESENHA - EM

RESENHA CRÍTICA

"NOTURNO OPRIMIDO" x ENCHENTES

ID: EUD



COMANDO: Imagine que você tenha sido convidado para resenhar o poema “Noturno Oprimido”, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1967. Além de apresentar e criticar a obra, procure escrever sobre a atualidade/a proximidade do poema ao contexto social atual, a partir das informações constantes do recorte jornalístico abaixo, de Jan/2020.


NOTURNO OPRIMIDO

A água cai na caixa com uma força,

com uma dor! A casa não dorme, estupefata.

Os móveis continuam prisioneiros

de sua matéria pobre, mas a água parte-se


a água protesta. Ela molha toda noite

com sua queixa feroz, seu alarido.

E sobre nossos corpos se avoluma

o lago negro de não sei que infusão.


Mas não é o medo da morte do afogado,

o horror da água batendo nos espelhos,

indo até cofres, os livros, as gargantas.

É o sentimento de uma coisa selvagem,


Sinistra, irreparável, lamentosa.

Oh vamos nos precipitar no rio espesso

que derrubou a última parede

entre os sapatos, as cruzes e os peixes cegos do tempo.


RECORTE JORNALÍSTICO:

O estado de Minas Gerais enfrentou o maior volume de chuvas no mês de janeiro de 2020 dos últimos 110 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. As tempestades de verão têm causado enchentes e estragos desde 24 de janeiro, quando as chuvas se intensificaram na região. Já somam 101 as cidades do estado que decretaram situação de emergência.

Segundo a Defesa Civil mineira, 55 pessoas morreram e aproximadamente 45 mil tiveram de sair de suas casas por causa da situação emergencial. Em Belo Horizonte, o órgão emitiu alerta de risco geológico até sexta-feira (31), devido ao encharcamento do solo urbano. Na região metropolitana da capital mineira, a situação do solo já provocou enormes crateras no asfalto e deslizamentos de encostas. A força da chuva levou ainda ao desabamento de construções.

https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2020/01/30/Por-que-Belo-Horizonte-submergiu-nas-chuvas-de-2020


***

Você já sabe, mas não custa lembrar...

RESENHA CRÍTICA é uma abordagem analítica acerca de um objeto cultural: um poema, um livro, uma apresentação de balé, uma exposição de arte, uma partida de futebol etc.


Criticar é "falar mal"?
Abordar criticamente é opinar, é apresentar problemas e qualidades, pontos negativos e positivos que o resenhista julgar importante destacar. Portanto, a RESENHA não deve apenas apontar falhas (quando houver), mas deve também tecer elogios, pontos fortes da obra analisada. É muito comum jornais de grande circulação veicularem lançamento de livros, e, para tanto, o trabalho do resenhista é indispensável – a RESENHA tem a finalidade de apresentar determinada obra.


Como fazer?
A boa RESENHA, além de fornecer uma síntese do assunto, apresenta o maior número de informações sobre o trabalho – fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de algumas relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente – esse é o objetivo da resenha: orientar o público consumidor daquele objeto cultural.


Imaginemos, por exemplo, a resenha de um livro - ela deve contemplar:

1) Breve apresentação do autor - nome, data e local do nascimento, da morte, formação acadêmica etc.;
2) Apresentação da obra - título, gênero, ano da publicação etc.;
3) Avaliação crítica da obra – a composição do enredo, a contextualização, a originalidade e o caráter atual (ou não) do trabalho etc.;
4) Outras impressões do resenhista;

5) Aconselhamento do resenhista acerca daquela leitura – é recomendada?; a que tipo de público-leitor?; por quê?

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