A tirinha é uma sequência de quadrinhos (de dois a seis, geralmente) que, com ironia e bom humor, faz uma crítica aos valores sociais. A ironia é um recurso, por meio do qual se diz, em tom de provocação/gracejo, exatamente, o contrário daquilo que deveria ser dito.
O humor instigante das tiras não pode, em hipótese nenhuma, ser grosseiro ou preconceituoso – isso quer dizer que não se pode manifestar contra religião, raça, classe social, origem etc.; se isso acontecer, o quadrinhista (autor de tiras/quadrinhos) pode até responder judicialmente pela ofensa aos direitos humanos. Assim, é possível afirmar que tiras e piadas não são expressões sinônimas! As tiras devem ter criticidade, e não, necessariamente, comicidade. Com as piadas ocorre exatamente o oposto: as piadas privilegiam a comicidade.
As tiras são veiculadas em jornais, revistas e em sites da Internet.
COMO FAZER?
A sequência de quadros mistura textos verbais (linguagem escrita – poucas falas) e não verbais (imagens). O vocabulário é simples e bem selecionado – ainda que seja um gênero textual tocado a bom humor, não convém usar palavrões nem quaisquer outros registros chulos.
Passo a passo:
Busque, no cotidiano, uma situação para ser ironizada/criticada – pessoas que estão viciadas no celular, que jogam lixo nas ruas, que atravessam fora da faixa de segurança, que não respeitam o estacionamento exclusivo aos idosos, que não respeitam filas, que ouvem música com volume excessivo, que gostam de falar da vida alheia etc., etc.
Apresente a situação em cenas, numa sequência lógica – escreva (com ou sem balão) e ilustre.
Pense num final irônico, que seja contrastante com as primeiras cenas.
Por exemplo:
Primeiro quadrinho: dois garotos, sentados no banco da praça, comem lanche e bebem refrigerante, enquanto conversam;
Segundo quadrinho: jogam papéis e latas no chão;
Terceiro quadrinho: um vento forte levanta poeira, ciscos, papéis;
Quarto quadrinho: os dois garotos reclamam da prefeitura, que não conserva a praça limpa.
A
origem dos festejos juninos no Brasil une jesuítas portugueses, costumes
indígenas e caipiras, celebrando santos católicos e pratos com alimentos
nativos
As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo
Antônio (13/6), São João Batista (24/6) e São Pedro (29/6). No entanto, a
origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. (...) Vários
povos da antiguidade aproveitavam o mês de junho para organizar rituais em que
pediam fartura nas colheitas. (...) Como a igreja não conseguia combatê-los,
decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos do
mesmo mês, diz a antropóloga Lúcia Helena Rangel (...). O curioso é que os
índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam
rituais importantes em junho. Eles tinham várias celebrações ligadas à
agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas
portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos
se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos quanto oferecem
uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a
valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da
sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no
campo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
E COMANDO: Você deverá desenvolver uma TIRINHA que focalize uma festa junina numa
aldeia indígena. Considere que
o cacique, já velho, esteja muito triste, e a festa tenha, também, a finalidade
de alegrá-lo.