Comando: Suponha que você seja o
editor-chefe de um jornal escolar e, diante das matérias divulgadas na
sociedade sobre a questão do lixo, é motivado a escrever o EDITORIAL do próximo
número do jornal. O editorial deve defender a posição do jornal quanto ao
seguinte tema: Gestão do lixo: responsabilidade de todos.
Mobilize
argumentos que sustentem o ponto de vista do jornal, refutando argumentos
contrários.
O texto deverá apresentar clareza, objetividade,
coerência, coesão e consistência argumentativa. Além disso, deverá ser redigido
em padrão formal e tomar como referência leitores escolarizados.
Lembre-se:
* Respeite a
estrutura do gênero escolhido.
* O título é
obrigatório.
* Escreva
entre 25 a 34 linhas.
* Não copie
trechos dos textos motivadores.
* Não ultrapasse
as margens.
* Utilize
caneta azul.
Editorial é um artigo jornalístico que apresenta uma
análise e, de um modo geral, uma opinião sobre uma notícia de grande
relevância. Trata-se de um comentário, geralmente publicado em destaque nas
primeiras páginas de um jornal ou de uma revista, que reflete a linha
ideológica e a posição do editor ou da comunidade editorial relativamente ao
assunto tratado.
Orientações e
características:
1. Escrito na
3.ª pessoa.
2. Deve
conter: introdução, desenvolvimento e conclusão.
3. Obediência
à variedade padrão da língua.
4. Emprego
dos verbos no presente do indicativo.
5. É
fundamental que haja referência ao veículo de comunicação representado pelo
editorial ao longo do texto: no mínimo, uma ocorrência.
6. Paráfrase
obrigatória.
7. Não copie
fragmentos do texto motivador.
TEXTO I
UNS PERDEM, OUTROS TRANSFORMAM
Quanto mais
rico o país, mais lixo se joga fora, mais lixo se recolhe, mais lixo se
reaproveita e mais dinheiro se ganha com isso.
Compare:
Segundo
especialistas, se o problema do lixo já estivesse bem resolvido no Brasil, 10%
da sua energia poderia ter como fonte o biogás, constituído basicamente por
metano e dióxido de carbono liberados por detritos. Na contabilidade geral,
somando-se inclusive o dinheiro usado por governos e prefeituras para cuidar de
aterros que não geram energia, está-se jogando no lixo, por assim dizer, uma
receita que pode alcançar 10 bilhões de reais. Pois é: além de fazer bem ao
meio ambiente, à saúde e à paisagem, o tratamento adequado do lixo ajuda a
economia. É o desafio de uma nova era.
O acúmulo de sujeira é inevitável, faz parte do mundo atual e
não para de crescer (...). Às toneladas de garrafas, sacolas e embalagens de
plástico descartadas todos os dias vieram se somar, mais recentemente, placas,
teclados e outros componentes de computadores, impressoras, celulares e demais
exemplares de uma nova categoria, o lixo eletrônico, ou e-lixo. Diante de
tantos e tão variados detritos, muita gente está buscando meios de lidar com o
que se joga fora. "O destino do lixo é a nova fronteira da evolução humana",
diz Sabetai Calderoni, doutor em ciências pela Universidade de São Paulo (USP),
pós-graduado em planejamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e
autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo. "De agora em diante o homem
tem de transpor esse obstáculo para progredir." À medida que soluções vão
sendo pensadas, o lixo vai se transformando ele próprio num grande negócio.
Empresas de coleta, tratamento e reciclagem, um setor já avançado nos países
desenvolvidos e ainda incipiente, mas em franca expansão, naqueles em
crescimento, como o Brasil, empregam milhares de pessoas e movimentam grandes
quantias.