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EM - ARTIGO DE OPINIÃO - MODELO UNICAMP - DEPRESSÃO E SUICÍDIO ENTRE POLICIAIS

UNICAMP

ARTIGO DE OPINIÃO

MODELO UNICAMP

DEPRESSÃO ENTRE POLICIAIS

ID: EQI


Imagine que você tenha sido convidado por uma revista de grande circulação para escrever um ARTIGO DE OPINIÃO sobre a problemática que envolve o excessivo número de policiais vítimas de depressão e suicídio no Brasil.


Texto I

Doenças mentais não tratadas podem levar as pessoas a desistirem da própria vida. Apesar de ser um fenômeno multicausal, é importante destacar que algumas profissões (...) tornam o indivíduo mais exposto aos riscos de depressão, de outros transtornos mentais e até de suicídio. A atividade policial é uma dessas profissões e traz características bem próprias que aumentam em muito a incidência de casos. Além do alto risco de morte apenas por se identificar enquanto policial, a sobrecarga de trabalho, o estresse da atividade, o estado de alerta constante, as mudanças repentinas na rotina e o acesso a armas de fogo são ingredientes que, juntos, tornam policiais potencialmente mais vulneráveis a doenças, principalmente as doenças mentais (pesquisas ainda apontam que profissionais da área de segurança pública constituem um grupo mais vulnerável ao suicídio, em virtude do acesso facilitado a armamentos). (...) É importante resgatar a lógica de maior credibilidade e humanização do policial, uma vez que sua realidade de trabalho é repleta de riscos, adversidades e fatores que favorecem ao adoecimento físico e mental. No entanto, a maioria dos órgãos de segurança prefere negar a problemática, especialmente quando se trata de casos de suicídio. (...) O doutor Daniel Cerqueira, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que a construção do heroísmo em torno do policial se torna um discurso útil para a manutenção de uma política que os mantém em risco. Afinal, um herói não precisa ter estruturas de trabalho dignas, ou de treinamento, de equipamento de segurança adequado ou de suporte psicossocial. Ele tem que ir lá fazer o que tem que ser feito.

Gegliola Campos da Silva, Assistente Social, Mestranda em Segurança Pública,


Texto II


 https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/06/17/policia-militar-do-rj-tem-em-media-1-psicologo-responsavel-por-577-policiais-da-ativa.ghtml


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Não custa lembrar...

ARTIGO DE OPINIÃO (ou Artigo opinativo, ou, ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico.

É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo.

Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que é persuasivo: inserido nos grandes periódicos, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do articulista.

São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações factuais. No artigo, é preciso conjugar as seguintes funções da linguagem: referencial (informação, na parte introdutória), emotiva (criticidade, no desenvolvimento) e conativa (apelo/ordem/aconselhamento ao leitor, na conclusão).  

O artigo, geralmente, é escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.

A estrutura do artigo de opinião, ainda que maleável, procura seguir:

. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;

. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e

. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.


ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa. 

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