EFAF - CRÔNICA REFLEXIVA - AREZZO CRIA MODELO EXCLUSIVO DE TÊNIS PARA CLIENTE CADEIRANTE
CRÔNICA - EF ANOS FINAIS
CRÔNICA
REFLEXIVA
AREZZO
CRIA VERSÃO ESPECIAL DE TÊNIS PARA CLIENTE
ID:
EI8
Maria do Carmo Vorcaro é
cadeirante, e tem dificuldade para encontrar sapatos que se adaptem às suas
necessidades. Ao encontrar um tênis com zíper, no site da marca Arezzo, a
aposentada acreditou que seria mais fácil para usá-lo. Porém, quando a
encomenda chegou, ela descobriu que o zíper era falso, e não abria, servia
apenas como um detalhe ao modelo.
Após explicar a sua
dificuldade, Maria do Carmo fez a devolução do item. No entanto, a marca de
sapatos se comoveu com o ocorrido e criou uma versão do tênis adaptada
especialmente para a cliente.
Você
sabia que, segundo Stella Maris Rezende, um escritor “tem que admirar as coisas
aparentemente sem importância nenhuma. Um caco de pires, por exemplo, pode
abrir um assunto, quebrar o gelo e puxar uma ladainha, saudade de avós,
lamparinas e escapulários, procissões, cachecóis de lã...”.
Isso
equivale a dizer que uma foto ou uma notícia de jornal, um presente ou uma
queda, enfim, tudo o que provocar choque, inquietação ou prazer, se o cronista
for hábil e sensível ao mesmo tempo, rende uma boa crônica reflexiva! E quem
escreve uma crônica, escreve também um conto, uma novela, um romance.
PROPOSTA
DE REDAÇÃO: Imagine que você seja cronista do Jornal O Estado de S.Paulo. Lendo a matéria acima (Arezzo cria modelo adaptado para cliente cadeirante), você se surpreende, haja vista o bonito gesto da empresa calçadista.
Você decide, então, escrever uma crônica reflexiva. Não economize sensibilidade!
***
Mas
o que é crônica reflexiva, mesmo?
É
pra contar uma história?
Não.
Nas crônicas reflexivas não se contam histórias! Os apontamentos são subjetivos,
a partir de percepções, reflexões e experiências do próprio cronista.
O
que se avalia numa crônica reflexiva é a capacidade de o escritor provocar os
apelos da alma em choque com o mundo contemporâneo, por vezes caótico em razão
dos desequilíbrios sociais (pobreza, desigualdade, avareza, corrupção etc.).
A função da linguagem, aqui, não é
apenas informativa, mas também poética e expressiva. Nas reflexões, como o
próprio termo sugere, importa o registro da sofisticação, da inquietação e da
intensidade do pensamento. A linguagem figurada (metáfora, sinestesia,
personificação etc.) é comumente empregada.
Antes de entregar o texto definitivo ao corretor, releia o que escreveu, faça a
autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto foi escrito de maneira
clara, ou seja, se está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos
estão bem ligados entre si, se as ideias obedecem a uma sequência lógica e não
se contradizem, se a mensagem é passada sem repetição nem sobra de palavras. Revise a
ortografia, a acentuação gráfica, a pontuação, as concordâncias (plurais), as
conjugações verbais, além de outros aspectos gramaticais que você tem aprendido.