EM - ARTIGO DE OPINIÃO - A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO
ARTIGO DE OPINIÃO - EM
A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO
ARTIGO DE OPINIÃO
ID: ED2
Texto I
A chamada Era da Informação transforma o conhecimento em um novo tipo de
mercadoria, a qual nem todas as pessoas têm acesso. Uma sociedade de
comunicação instantânea convive simultaneamente com uma realidade ainda
fortemente excludente. Um dos elementos que compõem essa nova realidade são as
chamadas redes sociais, espaços não só de compartilhamento de informações, mas
também de construção de identidade.
A comunicação massificada gera, entre tantos fatores, a disseminação de
conteúdo. Tal fenômeno se sustenta e multiplica-se, por exemplo, a partir da
intensa atuação nas mídias sociais, as quais informam e, eventualmente, compõem
inverdades apelativas em busca de um clique. Muitos subestimam essa força;
porém, há países que reconhecem e controlam esse bombardeio de informações
presente nas redes sociais. (...) A dependência às redes sociais, o avanço
tecnológico e a maior acessibilidade aos meios, estimulam e propiciam um
ambiente fértil para esse espetáculo nonsense.
http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/2051,
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Texto III
O escritor Giuliano Da Empoli dá o nome de “Os Engenheiros do Caos” à sua
obra sobre como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão
sendo utilizados para disseminar ódio e medo, além de influenciar eleições. (...)
Não se trata apenas de não informação ou de ausência de informação. Como
aponta o professor José Carlos Vaz em diversas discussões, a desinformação se
manifesta “como ação política, com o propósito de desinformar”. Assim, sendo
artificialmente produzida e disseminada por profissionais, [a desinformação] busca
criar conexões entre histórias causais para desarticular a realidade.
Compreender que a manipulação massiva de narrativas e a dissolução da realidade
são ensaios encomendados torna possível encarar as milícias digitais como profissionais
do crime que são.
No entanto, ainda que as milícias digitais forcem um monopólio do uso
destas tecnologias, não podemos, de forma nenhuma, caminhar para um debate de
criminalização da tecnologia. Pelo contrário, o crime está na forma maliciosa
como tais instrumentos são usados – o desafio, portanto, está em fazer da tecnologia
uma aliada no enfrentamento de tais redes profissionais de desinformação.
https://jornal.usp.br/artigos/ainda-sabemos-o-que-e-real-em-meio-a-tanta-desinformacao/,
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COMANDO: A partir do
material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um ARTIGO DE OPINIÃO, em norma padrão da língua portuguesa, sobre
o tema: A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO.
Você já, sabe, mas não custa lembrar...
O Artigo de Opinião, como o próprio nome já diz, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo. O
articulista deve sustentar sua opinião por meio de evidências; deve, também,
assinar o Artigo – entretanto, nos vestibulares, o candidato deve usar apenas
as iniciais ou adotar um pseudônimo, a fim de que não seja identificado pelo
examinador, o que poderia ser motivo para a anulação da prova.
O texto é breve – aproximadamente, 25 linhas. A
linguagem é simples e objetiva. O Artigo leva título.
O Artigo de Opinião é persuasivo: inserido em grandes
jornais e revistas, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de
convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, mas também, e
principalmente, da relevância do posicionamento do articulista.
São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor
satírico, a ironia – tudo baseado em informações factuais. No Artigo de Opinião,
é preciso conjugar as seguintes funções da linguagem: referencial (informação,
na parte introdutória), emotiva (criticidade, no desenvolvimento) e conativa
(apelo/ordem/aconselhamento ao leitor, na conclusão).