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EM - ARTIGO DE OPINIÃO - RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

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ARTIGO DE OPINIÃO

OS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

ID: ED5


COMANDO: A partir da leitura do material de apoio e de seu conhecimento de mundo, redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre OS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.


Orientações:

* Atribua um título ao texto.

* Escreva entre 25 e 30 linhas.

* Não copie trechos dos textos motivadores.

* Use suas iniciais para assinar o Artigo.



TEXTO I

"Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar". Essa é uma das frases mais famosas do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em janeiro de 2017 (...), aos 91 anos. As formas de vida contemporânea, Bauman, assemelham-se pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a identidade por muito tempo, o que reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos. Essas mudanças de perspectivas aconteceram em um ritmo intenso e vertiginoso a partir da segunda metade do século XX. Com as tecnologias, o tempo se sobrepõe ao espaço. Podemos nos movimentar sem sair do lugar. O tempo líquido permite o instantâneo e o temporário. (...)

Os telefones celulares não criam a multidão, embora, sem dúvida, ajudem a mantê-la como é – uma multidão. Essa, por sua vez, esperava por Nokias e Ericssons e Motorolas ávidos por servi-la. Se não houvesse multidão, qual seria a utilidade dos celulares?

Aos que se mantêm à parte, os celulares permitem permanecer em contato. Aos que permanecem em contato, os celulares permitem manter-se à parte. (...)

As promessas de compromissos, escreve Adrienne Burgess, “são irrelevantes a longo prazo”. Relacionamentos são investimentos como quaisquer outros, mas será que alguma vez lhe ocorreria fazer juras de lealdade às ações que acabou de adquirir? Jurar ser fiel para sempre, nos bons e maus momentos, na riqueza e na pobreza, "até que a morte nos separe"? Nunca olhar para os lados, onde (quem sabe?) prêmios maiores podem estar acenando? A primeira coisa que os bons acionistas (prestem atenção: os acionistas só detêm as ações, e é possível desfazer-se daquilo que se detém) fazem de manhã é abrir os jornais nas páginas sobre mercado de capitais para saber se é hora de manter suas ações ou desfazer-se delas. É assim também com outro tipo de ações, os relacionamentos. Só que nesse caso não existe um mercado em operação e ninguém fará por você o trabalho de ponderar as probabilidades e avaliar as chances (a menos que você contrate um especialista, da mesma forma que contrata um consultor financeiro ou um contador habilitado, embora no caso dos relacionamentos haja uma infinidade de programas de entrevistas e "dramas da vida real" tentando ocupar esse espaço). E assim você tem que seguir, dia após dia, por conta própria. Se cometer um erro, não terá direito ao conforto de pôr a culpa numa informação equivocada. Precisa estar em alerta constante. Se cochilar ou reduzir a vigilância, problema seu. "Estar num relacionamento" significa muita dor de cabeça, mas, sobretudo, uma incerteza permanente. Você nunca poderá estar plena e verdadeiramente seguro daquilo que faz — ou de ter feito a coisa certa ou no momento preciso.

BAUMAN, Sigmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Zalvar, 2004.


TEXTO II

O que as empresas estão sugerindo é que, para haver aumento espontâneo da produtividade do trabalho, é preciso elevar o nível de qualidade nos relacionamentos entre todos que operam a empresa. (...) Participação, partilha, diálogo, cooperação e solidariedade são as palavras-chave que conferem qualidade aos relacionamentos desenvolvidos nas empresas mais avançadas no projeto (Almeida e Leitão, 2003). Mas a fonte geradora dessas características relacionais está no (...) elemento fundamental à viabilização da vida associada: a aceitação do outro como um ser legítimo na convivência.

Sergio Proença Leitão, Graziela Fortunato, Angilberto Sabino de Freitas

Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/view/6863/5436

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