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EM - DISSERTAÇÃO - MODELO UEMA - A VALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA

UEMA

PROVA DE PRODUÇÃO TEXTUAL – DISSERTAÇÃO – MODELO UEMA
A VALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA

Os textos servem como base para refletir sobre o tema que será apresentado, e como ponto de partida para você, candidato, desenvolver suas ideias com argumentação consistente. Leia-os antes de elaborar sua redação.


Texto I



https://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/a-ciencia-brasileira-na-uti-2/



Texto II
Sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda precisa evoluir muito para chegar ao “top 10” da ciência mundial.


Com um déficit grande de cientistas e uma concentração do financiamento pelo setor público, o país está longe de competir em condições de igualdade com asiáticos, europeus e norte-americanos – muito embora tenha havido um crescimento considerável do investimento em pesquisa e desenvolvimento nos últimos dez anos. Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em 2010 o Brasil investiu 1,2% do PIB em pesquisa, dos quais 54% com recursos do próprio governo. Trata-se de um índice baixo: Japão e Coreia do Sul, por exemplo, investem quase três vezes mais, proporcionalmente. Entretanto, na América Latina, isso coloca o Brasil em uma posição de destaque: países vizinhos, como Argentina e México, não passam dos 0,5%. Considerando o PIB brasileiro, essa diferença fica ainda maior.


Para o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, a evolução da ciência no Brasil é bastante significativa. Entre 1996 e 2010, o país saltou da 21.ª à 13.ª posição no ranking de produção de artigos científicos. Crescimento que acompanha o investimento em pesquisa e desenvolvimento, que pulou de R$ 12milhões em 2000 para R$ 43,8 milhões em 2010. Mesmo assim, existem alguns gargalos.


Poucos cientistas – O número de cientistas brasileiros é pequeno. A cada mil pessoas economicamente ativas no Brasil, 1,4 é pesquisador. Esse índice é menos da metade do que o da Argentina, que conta com 2,9. Já países como Japão e Coreia do Sul tem mais do que 10 pesquisadores para cada grupo de mil trabalhadores. “O sistema educacional brasileiro não dá conta de dar a quantidade e a qualidade de cientistas que o país precisa”, comenta Cruz.


https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/brasil-um-pais-de-contrastes-inclusive-no-campo-cientifico-714r8n0121awwat752xr4swge



Texto III
Cerca de mil pesquisadores e estudantes reuniram-se em São Paulo (...) para a 3.ª Marcha pela Ciência. Eles pediam o fim dos cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações, que deve receber em 2017 apenas 20% do necessário para fechar as contas do ano. Com isso, existe a ameaça de que alguns institutos tenham de fechar as portas no ano que vem.


“NÃO ESTAMOS LUTANDO POR MELHORES SALÁRIOS. ESTAMOS LUTANDO PARA PODER TRABALHAR, PARA FAZER CIÊNCIA. ESTAMOS LUTANDO PELO BRASIL”, afirmou, durante a manifestação, ao jornal O ESTADO DE S. PAULO, Helena Nader, ex-presidente da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).


A manifestação, convocada pela entidade e pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), reuniu professores, estudantes e simpatizantes de instituições, como USP, Unicamp, Unesp, Instituto de Pesquisas Tecnológicas e PUC-SP (...).


Disponível em: https://istoe.com.br/marcha-pela-ciencia-reune-cerca-de-mil-pessoas-na-avenida-paulista/ Acesso em Jan 2018.



TEXTO IV
Marcha pela Ciência SP – Objetivos específicos
1 – Valorização da ciência e do cientista: Sem ciência não há desenvolvimento; é urgente que a profissão de cientista esteja entre as tantas outras reconhecidas pela sociedade, assim como o produto do seu trabalho.


2 – Pelo desenvolvimento e pela soberania do país: O avanço da ciência e tecnologia brasileiras é fundamental para a promoção de um novo ciclo de industrialização capaz de catalisar um desenvolvimento econômico que seja social e ambientalmente responsável, traçando um caminho para a superação da dependência econômica, cultural e tecnológica que limita as possibilidades de superação das desigualdades regionais.


3 – Maiores investimentos para pesquisa e carreira acadêmica: Estamos preocupados com a redução do investimento federal e estadual via agências de fomento como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) e afins. Sem investimento não há ciência de qualidade. (...)


4 – Mais contratações para Institutos de Pesquisa: Muitos institutos de pesquisa estão sucateados. Não basta direcionar investimento para a “modernização” desses centros, se não houver equipe qualificada para usufruir destes espaços. Dessa forma, lutamos por mais contratações para institutos de pesquisa brasileiros.


5 – Maior investimento em ensino de ciências nas escolas brasileiras: Jovens treinados a pensar de modo crítico darão origem a uma sociedade pronta para discutir seus problemas e desafios de modo qualificado.


6 – Por mais direitos para pós-graduandas e pós-graduandos: É fundamental que todo cientista em formação que desejar, tenha acesso à bolsa de pesquisa durante TODO o mestrado e doutorado (universalização das bolsas de pesquisa). Defendemos também a assistência estudantil, licença parental (quando necessário), inscrição no INSS, reajuste anual de bolsas e uma política de inserção e fixação de mestres e doutores no território nacional.


7 – Pelo financiamento da ciência: Defendemos melhor financiamento à ciência, como o direcionamento de 2% dos royalties do minério para a ciência e tecnologia e o cumprimento da alíquota de 1% do ICMS para o orçamento estadual à FAPESP. Pleiteamos maior investimento de empresas públicas e privadas à Ciência.


8 – Pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: Em 2016, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi extinto, e as respectivas secretarias foram incorporadas ao Ministério das Comunicações, que passou a se chamar Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações. A junção dessas atividades em um único Ministério enfraqueceu o setor de ciência, tecnologia e inovação, que, em outros países, ganha importância em uma economia mundial crescentemente baseada no conhecimento, e é considerado o motor do desenvolvimento.


Europa, Estados Unidos, China e Coreia do Sul são alguns exemplos de países que, em época de crise, aumentam os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, pois consideram que esta seja a melhor maneira de construir uma saída sustentável da crise. Assim, defendemos a refundação do MCTI com financiamento adequado, bem como a reestruturação de importantes órgãos extintos neste processo: a Secretaria de Ciência e Tecnologia pela Inclusão Social (SECIS) e o Departamento de Difusão e Popularização da Ciência (DEPDI). (...)


Disponível em: http://marchapelacienciasp.com/objetivos.html/ Acesso em Jan/2018.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: Depois da atenta leitura aos textos acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:


“A NECESSIDADE DE VALORIZAR-SE A CIÊNCIA NO BRASIL PÓS-MODERNO.”.



Instruções:
Dê um título à sua redação; utilize a norma padrão da língua; não copie trechos dos textos apresentados na coletânea; não escreva a lápis; escreva de modo legível e na folha apropriada para a redação. Obedeça ao que consta no Edital, a respeito da correção da Produção Textual – será atribuída nota zero à prova de produção textual do candidato que:


a) identificar a folha destinada à sua produção textual;
b) desenvolver o texto em forma de verso;
c) desenvolver o texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com números, desenhos, palavras soltas);
d) fugir à temática proposta na prova de produção textual;
e) fugir à tipologia textual proposta na prova de produção textual;
f) escrever de forma ilegível;
g) escrever a lápis;
h) escrever menos de 15 (quinze) linhas;
i) deixar o formulário para a produção textual em branco.

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