A diferença entre você hoje e você daqui a um ano
depende dos livros que você ler, das pessoas que conhecer e dos lugares por
onde passar.
(Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como
Malba Tahan, foi um professor, educador, pedagogo, conferencista, matemático e
escritor do modernismo brasileiro, e, por meio de seus romances
infanto-juvenis, foi um dos maiores divulgadores da Matemática do Brasil.)
TEXTO III
Desde muito jovem, Castro Alves lutava contra a
escravidão no Brasil, e expressava em suas poesias a indignação aos graves
problemas sociais de seu tempo, entre os quais a escravidão. (...) [Castro
Alves] fundou uma sociedade abolicionista ao lado de Rui Barbosa e de outros
pensadores da época. Teve fase de intensa produção literária (...) por duas
grandes causas: uma, a da abolição da escravatura; outra, a república,
aspiração política dos liberais mais exaltados. Castro Alves expressou em suas
poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a
crueldade da escravidão e clamou pela liberdade.
(...)
Ezra Pound, um dos maiores poetas do Modernismo norte-americano, afirmou: o
artista é a antena da raça humana. Com
efeito, Drummond, poeta mineiro de Itabira, torturado pelo ontem e temeroso
pelo amanhã, foi uma antena, não só da raça, mas também da época – ele versejou
na entressafra das Grandes Guerras: os horrores da Primeira ainda acenavam,
quando houve a Quebra da Bolsa de Valores de Nova York e, em seguida, os barris
de pólvora da Segunda. Naquela época, enquanto os brasileiros da “pátria amada,
salve, salve” pisavam um terreno fértil para a fome, o medo, a revolta e o
suicídio, Drummond rabiscava uns papéis, metrificava uns versos, provocava umas
rimas. Verdade seja dita, o duplo Drummond – chefe de gabinete do Ministério de
Educação, e poeta, usava da mesma tinta para os discursos de palanques
carcomidos e para o suor da poesia. Entre uma linha e outra, o poeta
modernista, num misto de encanto, lucidez e náusea, captou no espaço a
bancarrota da Era Vargas.
(Gislaine Buosi)
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: "A literatura como ferramenta de transformações sociais". Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.