Os jovens da geração Z – nascidos entre 1997 e 2012
e, portanto, com 13 a 28 anos – não conseguem se manter em seus empregos por
mais do que alguns meses, apontou uma pesquisa recente da Intelligent.com,
plataforma especializada em levantar insights sobre o futuro do trabalho. A
empresa, que ouviu 966 líderes de negócios nos EUA a respeito da performance de
seus empregados mais jovens, divulgou resultados preocupantes a respeito da
baixa tolerância de quem contrata em relação ao comportamento destes
profissionais em horário comercial, entre os quais: 75% das empresas relatam
que alguns ou todos os seus recém-formados tiveram desempenho insatisfatório em
2024; 6 a cada 10 companhias recentementena faculdade em 2025; 9 a
cada 10 gestores dizem que aqueles que acabaram de sair da faculdade devem
passar por treinamento de etiqueta.
Por que a geração Z enfrenta dificuldades?
50% dos líderes
ouvidos citaram falta de iniciativa como um problema tão grave que levou à
demissão de seus contratados.Eles são “nada profissionais”,
segundo os entrevistados – chefes reclamaram que funcionários da geração Z são
geralmente desorganizados e têm poucas habilidades de comunicação. A apresentação é um problema para os chefes-
gestores têm tido dificuldade com o comportamento dos mais jovens, que chegam
frequentemente atrasados ao trabalho ou a reuniões, não usam roupas apropriadas
para o escritório ou recorrem a uma linguagem indesejada ao falar com chefes,
colegas ou parceiros de negócios. Mais da metade dos líderes de negócios
constataram que profissionais jovens e/ou recém-formados não estão preparados
para o mercado de trabalho. Mais de 20% deles afirmam que estes contratados não
conseguem lidar com a carga de trabalho.
O "jeitinho" no trabalho foi normalizado:
95% dos jovens profissionais acreditam que não há problema em
"enrolar" ou "enganar" a chefia. Segundo outra pesquisa
divulgada no fim de janeiro pela plataforma de suporte a trabalhos acadêmicos
PapersOwl, que ouviu 2.000 jovens americanos entre 18 e 34 anos, quase todos os
entrevistados acreditam que é aceitável dormir no trabalho, sair antes do
horário devido ou usar computadores e programas de trabalho para assuntos
pessoais.
Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/02/17/desmotivada-e-nada-profissional-geracao-z-e-demitida-apos-poucos-meses.htm.
Acesso em 25.mar.2025. Adaptado.
Texto II
A grande
nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Em comum, essa juventude muda de um
canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone
para o vídeo e retorna novamente à internet. Também troca de uma visão de mundo
para outra, na vida.
Garotas e
garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem
computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da
Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o
berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de
seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o
rádio, o telefone, música e internet.
Outra
característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui,
desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um
valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com
ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos
mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos. Enquanto os demais
buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra
natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse
desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. É nisso,
dizem os especialistas, que os jovens precisam trabalhar. Como sempre.
COMANDO: A partir do material de apoio e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um Artigo de
Opinião sobre o tema: Geração Z: uma sociedade virtual ou real?
Não custa lembrar...
O Artigo de Opinião, como o próprio nome adianta, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo.
O
articulista deve sustentar sua opinião por meio de evidências; deve, também,
assinar o Artigo – entretanto, nos vestibulares, o candidato deve usar apenas
as iniciais ou adotar um pseudônimo, a fim de que não seja identificado pelo
examinador, o que poderia ser motivo para a anulação da prova.
O texto é breve – aproximadamente, 25 linhas.
O Artigo leva título.
O Artigo é persuasivo: inserido nos
grandes periódicos, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de
convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, mas também, e
principalmente, da relevância do posicionamento do articulista.
São comuns o
apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações
factuais.
No Artigo de Opinião, é preciso mobilizar as seguintes funções da
linguagem: referencial (informação, na parte introdutória), emotiva
(criticidade, no desenvolvimento) e conativa (apelo/ordem/aconselhamento ao
leitor, na conclusão).