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EM - RESUMO - MODELO UFU - LETRAMENTO RACIAL
UFU - RESUMO
LETRAMENTO
RACIAL
RESUMO – MODELO UFU - ID: K3C
Leia com atenção todas as instruções:
. Se for o caso, dê um título para sua
redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação que você
pretende abordar.
. Se a estrutura do gênero exigir assinatura,
escreva, no lugar da assinatura, JOSÉ ou JOSEFA.
. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, nem
pseudônimo, nem apelido.
. Utilize trechos dos textos motivadores,
parafraseando-os.
. Não copie trechos dos textos
motivadores.
Texto
I
O letramento racial é um
processo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, pois permite que indivíduos compreendam, identifiquem e enfrentem
o racismo presente nas estruturas sociais, políticas e culturais. Diferente do
simples conhecimento sobre o preconceito, o letramento racial envolve uma
consciência crítica acerca das dinâmicas de poder que sustentam a desigualdade
racial, capacitando as pessoas a reconhecerem manifestações sutis e explícitas
do racismo em seu cotidiano. Nesse contexto, ao promover práticas pedagógicas
antirracista, a escola desempenha um papel de fundamental importância, inserindo
autores negros no currículo, o que valoriza a história afro-brasileira de
maneira crítica. Ao desenvolver o letramento racial desde a infância, forma-se
uma geração mais consciente e empática, apta a questionar estereótipos e a acolher
a diversidade étnico-racial. Além disso, essa prática fortalece a autoestima de
estudantes negros, que passam a se ver representados e respeitados nos espaços
de aprendizagem. Assim, o letramento racial não beneficia apenas os grupos
historicamente marginalizados, e sim toda a sociedade, ao estimular o respeito
mútuo e a equidade. Promover esse tipo de educação é, portanto, um passo
essencial rumo à superação do racismo estrutural e à efetivação dos direitos
humanos.
Por Sônia Maria Veiga, psicopedagoga clínica.
Texto
II
O conceito de letramento
racial é definitivo para se entender não apenas a construção das relações
raciais, como também a distribuição dos direitos e das posições sociais (de
modo tão desigual!) entre pessoas brancas e, em especial, pretas. Tudo isso solidifica
a falsa superioridade branca. O racismo, que fere de morte as mais singelas
noções de humanidade, deve ser enfrentado com golpes certeiros, o que depende
também do reconhecimento e da garantia de direitos constitucionais. Nesse
sentido, o letramento racial envolve a desconstrução de preconceitos socialmente
arraigados, haja vista a valorização eurocêntrica da pele branca. Se, antes, o
assunto era pauta de sala de aula, hoje, o letramento racial justifica-se até
mesmo em ambientes ocupados por pessoas que percorreram grandes jornadas
acadêmicas. Exemplo disso aconteceu em 2020, em Curitiba/PR, quando a juíza de
direito Inês Marchalek Zarpelon, numa sentença penal condenatória, mencionou
que o réu era “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça,
agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento,
juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da
população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)”. Na ocasião – e isso
tem reverberações até os dias atuais, o fato de a magistrada condenar um réu sob
a alegação de que negro tem potencial para atitudes criminosas gerou repercussão
e repúdio nacionais, o que levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras
instituições a se manifestarem contra o ocorrido. Atitudes como essas,
desmascaram o racismo institucional, deixando clara a necessidade de um
comprometimento constante com a educação antirracista e o letramento racial, inclusive
no âmbito da Justiça, tendo em vista o fato de que canetas preconceituosas trazem
consequências graves e, por vezes, irreparáveis. Não fosse o bastante,
registre-se que a representatividade negra é, infelizmente, rara nas diversas
formas de mídia, situação que relega corpos negros a posições subalternas. O
letramento racial, nesse ínterim, chega para capacitar indivíduos a responderem
a tensões raciais e, em conjunto com políticas públicas como cotas, promover
uma reeducação antirracista – até porque há uma premissa de que muitos brancos,
mesmo que involuntariamente, são racistas por natureza. (...) Mulheres negras, para
quem é franqueado o lugar de fala apenas em situações pontuais, costumam ser
reduzidas à temática do racismo – entretanto, de posse de microfones, buscam
ampliar suas narrativas além desse espectro, reivindicando o reconhecimento de
suas múltiplas potencialidades. O ideal seria que mulheres brancas, com
propriedade no letramento racial, subissem às tribunas ao lado das pretas, e propagassem
que todas as pessoas têm raça, espaço e direito garantidos no universo
multiface chamado Humanidade.
Por Gislaine Buosi, educadora.
Redija
um resumo, em que sejam reunidas informações essenciais de ambos os textos.