O Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém/PA, em novembro de 2025 – um marco decisivo nas negociações climáticas globais. Os principais temas a serem discutidos incluem redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças no clima e preservação de biodiversidade; financiamento a países em desenvolvimento e justiça climática; novas soluções tecnológicas. O objetivo é garantir que os benefícios da economia verde alcancem todas as camadas da sociedade, promovendo inclusão social, fortalecimento das cadeias produtivas locais e crescimento econômico regional. Esta é a oportunidade para o país na agenda climática global, abordando os seguintes temas estratégicos:
Justiça climática: colocar a equidade no centro da agenda, garantindo ações que beneficiem comunidades vulneráveis e uma descarbonização que seja inclusiva e não amplie desigualdades sociais.
Transição energética: promover – e acelerar – a transição do uso de combustíveis fósseis para fontes renováveis, alterando a matriz energética e descarbonizando setores-chave como indústria e transporte.
Financiamento climático: ampliar mecanismos financeiros para mitigação e adaptação aos impactos climáticos, tornando os investimentos mais seguros e rentáveis.
Segundo Daniel Martins, sócio e líder da indústria de Energia e Serviços de Utilidade Pública, “O Brasil tem uma janela de oportunidade para se inserir em cadeias globais e acordos de comércio internacional, e adicionar muito valor ao PIB como um centro de descarbonização global, alavancando suas vantagens comparativas ancoradas em energias renováveis, abundância de recursos hídricos, minerais críticos, produtividade da terra, matérias-primas de baixa emissão e sua vocação para sustentabilidade.”
Disponível em: https://www.pwc.com.br/pt/estudos/setores-atividades/energia/2025/TL_COP30.pdf. Acesso em 2 out.2025. Adaptado.
Texto III
Um dos principais desafios é reduzir a dependência de combustíveis fósseis para mitigar as emissões de gases de efeito estufa. Essa mudança deve garantir o suprimento energético necessário para sustentar a economia, e precisa ocorrer a um custo acessível para a população. A maneira como as questões ambientais são tratadas pelo modelo econômico atual, que não consegue incorporá-las ao sistema de preços e mercados, também é um entrave. É preciso encontrar meios eficientes de internalizar esses custos. "Por exemplo, se alguém te perguntar qual o preço do quilo do tomate, você saberá ao consultá-lo no mercado. 'Mas quanto vale um ar puro?'", diz Annelise Vendramini, coordenadora de Pesquisa em Finanças Sustentáveis do FGVces. "Esses elementos não são precificados pelos mercados tradicionais, o que dificulta incorporá-los às decisões econômicas”, afirma Annelise.
THERRIE, Bárbara. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/faq/e-possivel-aliar-desenvolvimento-economico-ao-combate-as-mudancas-do-clima.htm. Acesso em 2 out.2025. Adaptado.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “COP 30 – estratégias para equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.