EM - CARTA ARGUMENTATIVA - DEPRESSÃO E QUALIDADE DE VIDA DOS PRÉ-VESTIBULANDOS
CARTA ARGUMENTATIVA - EM
DEPRESSÃO E QUALIDADE DE VIDA DOS PRÉ-VESTIBULANDOS
CARTA ARGUMENTATIVA
ID: KCJ
Texto
I
As pessoas tendem a pensar na adolescência como um período turbulento,
com variações do humor e crises emocionais – os adolescentes, de fato, deparam
com situações novas e pressões sociais, quando se aproximam da idade adulta e,
para alguns, este período de transição é muito difícil. Muitas pessoas
consideram estas flutuações do humor e as mudanças no comportamento como uma
fase normal da adolescência. No entanto, há evidências de que estes problemas
não fazem parte necessariamente, do processo normal de amadurecimento. Na
verdade, para muitos adolescentes, sintomas como descontentamento, confusão,
solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia podem indicar depressão. Durante
muitos anos, acreditou-se que os adolescentes não eram afetados por esta
doença, mas atualmente os especialistas sabem que os adolescentes são tão
suscetíveis à depressão quanto os adultos. Em todas as faixas etárias, a
depressão é um distúrbio que deve ser encarado seriamente. Ela pode interferir
de maneira significante na vida diária, nas relações sociais e no bem-estar
geral.
Disponível em: http://www.pfizer.com.br/sua-saude/depressao/depress%C3%A3o-e-adolescente.
Acesso em 3 jun.2025. Adaptado.
Texto
II
Um levantamento feito com 1.046 vestibulandos de Porto
Alegre (RS) verificou que 56,3% dos estudantes apresentaram sintomas de
ansiedade, considerando os níveis de intensidade leve, moderado e grave. As
candidatas do sexo feminino se mostraram mais ansiosas do que os homens. De
todos os participantes da amostra, 947 (90,5%). “Os alunos de cursos
pré-vestibulares vivem sob pressão, o que pode estar relacionado com a
instalação de quadros de ansiedade generalizada. Para que a ansiedade não gere
problemas mentais mais graves, levando a transtornos como síndrome do pânico,
depressão e estresse pós-traumático, a preparação para provas ou concursos deve
ser psico-educacional”, revela o psiquiatra Daniel Guzinski Rodrigues.
Foco acadêmico e clínico: O estudo mostra que, durante a fase de preparação para o
vestibular, o adolescente enfrenta, além das incertezas relacionadas ao seu
desempenho no dia da prova, a forte cobrança da família e de amigos, situação
que também acaba contribuindo para o surgimento da ansiedade que, em muitos
casos, ultrapassa os limites da normalidade e prejudica o desempenho do
candidato. “É fundamental que as instituições de ensino voltadas ao vestibular
invistam em serviços de apoio psicológico ao aluno. Para o sucesso nos exames,
a habilidade para lidar com o estresse e a ansiedade é um elemento tão
importante quanto o próprio conhecimento acadêmico”, diz Rodrigues.
Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/brasil/ansiedade-pode-causar-disturbios-psiquicos-nos-vestibulandos-218419.html?utm_source=chatgpt.com. Acesso em 3 jun.2025. Adaptado.
PROPOSTA
DE REDAÇÃO: Escreva uma CARTA
ARGUMENTATIVA endereçada ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, em cuja carta deverá ser apresentado e discutido o tema: DEPRESSÃO
E QUALIDADE DE VIDA DOS PRÉ-VESTIBULANDOS. Sugira
caminhos que orientem não só os pré-vestibulandos, como também os professores
do curso. Escreva de 25 a 30 linhas.
Carta é dissertação com data e vocativo?
Não.
Carta argumentativa é um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo.
Ainda há quem pense que uma dissertação argumentativa, com data e vocativo,
configura-se uma carta. Isso é engano.
Quando se fala em carta argumentativa, espera-se que,
ao longo do texto, as marcas de interlocução sejam mantidas (vocativos,
pronomes) – é fundamental não esquecer que se escreve para uma pessoa/entidade.
Por meio da carta argumentativa, pretende-se convencer o interlocutor (a pessoa
ou a entidade) sobre o que está sendo enfrentado e pedido, e não qualquer interlocutor
(leitor universal), como acontece quando se escreve uma dissertação
argumentativa. Assim, não basta apenas a “moldura” do texto para que se
configure uma carta. É possível escrever na 1ª pessoa do singular (quando o
próprio remetente se dirige ao destinatário) ou na 3ª pessoa do singular
(quando o remetente, em nome de uma entidade, se dirige ao destinatário). Nas
cartas formais é preciso, também, empregar pronomes de tratamento respeitosos.