Toda semana são noticiados casos de violência nas
escolas brasileiras. Infelizmente, o problema não é um exagero criado pela
mídia, e sim uma realidade enfrentada diariamente por milhares de professores
das redes pública e privada. Entre os casos mais comuns de violência, podemos
citar as ameaças feitas por alunos a professores, sobretudo por conta do baixo
rendimento escolar. Uma nota abaixo da média nem sempre é entendida como um
alerta para que o aluno melhore e estude com mais afinco – para muitos
estudantes, a nota é compreendida como ofensa pessoal. Alguns ficam no
enfrentamento verbal, enquanto outros partem para agressão física ou danos a
bens do professor, sobretudo carros (pneus furados são relatos comuns).
Depredações a patrimônios da escola e arrombamentos de salas também integram o
vasto rol de atitudes violentas no ambiente escolar. (...) Os casos de bullying - a violência moral entre os
próprios alunos – também chocam educadores e familiares, inclusive
ultrapassando os muros da escola e chegando ao ambiente virtual, onde situações
vexatórias de alunos podem ser acessadas por qualquer pessoa.
30-3-2023 – Em Tenoné, Belém,
um estudante de 17 anos, do 1º Ano do Ensino Médio, desferiu ao menos três golpes
de faca contra um colega de turma. Uma testemunha relatou que a motivação para
o ataque teria sido uma desavença por conta da vítima ter arremessado bolas de
papel no agressor. A Polícia Militar foi acionada e, após vistoriar a mochila
do agressor, os policiais encontraram outras armas brancas, como uma
machadinha, um estilete e mais uma faca. (...) O agressor foi encaminhado para
a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) para prestar esclarecimentos.
Disponível em: https://dol.com.br/noticias/policia/802664/aluno-que-esfaqueou-colega-carregava-machadinha-na-mochila?d=1.
Acesso em 31.mar.2023. Adaptado.
Texto IV
Morreu na
segunda-feira, 27-3-2023, a professora Elisabeth Tenreiro. Ela lecionava na escola
Thomazia Montoro, em São Paulo, e tinha sido esfaqueada por um aluno de 13 anos.
Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital de Urgência, mas não resistiu aos
ferimentos. (...) Elisabeth era professora desde 2013 e dava aulas de Ciências.
“Elisabeth chegou contribuindo ativamente com a instituição ao longo de quatro
décadas de trabalho na área de planejamento e desenvolvimento de atividades”,
disse o governo.
Disponível em: https://www.band.uol.com.br/noticias/professora-morre-ataque-com-faca-escola-sp-16591770.
Acesso em 31.mar.2023.
Texto V
Quando se fala em
violência escolar, levanta-se a questão de crianças e adolescentes serem, ao
mesmo tempo, autores e vítimas dessa situação. A violência pode ter como causa
o fato de pessoas, ainda em formação, viverem em ambientes igualmente violentos,
como é o caso de crianças e adolescentes cujos pais discutem ou agridem-se
física e emocionalmente. O abandono parental, a violência doméstica, a
incidência de cenas violentas nas mídias digitais, a falta de empatia e tantas
outras manifestações comportamentais negativas em decorrência das mazelas
socioeconômicas estão intimamente ligados à formação cidadã.
Gislaine Buosi
Texto VI
Para conter o problema de
violência nas escolas do estado, o governo anunciou algumas ações. O Secretário
de Educação do Estado de São Paulo disse que a secretaria planeja contratar 150
mil horas de atendimento psicológico e psicopedagogo para as escolas estaduais.
A gente fazia atendimento virtual na época da pandemia. Independentemente da
tristeza de hoje, já está prevista a contratação de 150 mil horas de
atendimento de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. (...) Desde 2019, a
Secretaria de Estado da Educação desenvolve um programa de melhoria da convivência
e proteção escolar, chamado Conviva SP, por meio do qual o ambiente escolar pode
ser transformado mm ambiente mais acolhedor, colaborativo e seguro.
https://veja.abril.com.br/brasil/escola-em-sao-paulo-alvo-de-ataque-ficara-fechada-por-uma-semana/.
Adaptado. Acesso em 31.mar.2023.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema: "Desafios para conter a violência escolar no Brasil", apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.