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EFAF - RESENHA CRÍTICA - "NÃO HÁ VAGAS", FERREIRA GULLAR

RESENHA - EF ANOS FINAIS

RESENHA CRÍTICA

“NÃO HÁ VAGAS” – FERREIRA GULLAR

ID: EE6


COMANDO: Imagine que você tenha sido convidado para resenhar o poema “Não há vagas”, de Ferreira Gullar, publicado em 1963. Além de apresentar e criticar a obra, procure escrever sobre a atualidade/a proximidade do poema ao contexto social atual, a partir das informações constantes do recorte jornalístico abaixo, de Fev/2019.


NÃO HÁ VAGAS

O preço do feijão

não cabe no poema. O preço

do arroz

não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão


O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.


Como não cabe no poema

o operário

que esmerila seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras


- porque o poema, senhores,

está fechado:

“não há vagas”


Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço


O poema, senhores,

não fede

nem cheira

(Ferreira Gullar)


Feijão sobe 22% e cesta básica sobe 1,35% na semana, diz Procon/Dieese

Por Arena do Pavini 
15/02/2019

O feijão voltou a subir e já está pesando bem mais no orçamento das famílias, que vão ter de juntar mais água no caldo. O valor da cesta básica no município de São Paulo registrou alta de 1,35% no período de 8 a 14 de fevereiro, segundo pesquisa diária da Fundação Procon–SP, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 71 de fevereiro era R$ 705,82, passou para R$ 715,34 em 7 de fevereiro. Por grupo, Alimentação subiu 1,65%, Limpeza caiu -1,05% e Higiene Pessoal ficou estável. No mês de fevereiro, a variação acumulada ficou em 1,17%.

http://br.advfn.com/jornal/2019/02/feijao-sobe-22-e-cesta-basica-sobe-1-35-na-semana-diz-procon-dieese


***

Você já sabe, mas não custa lembrar...

RESENHA CRÍTICA é uma abordagem analítica acerca de um objeto cultural: um poema, um livro, uma apresentação de balé, uma exposição de arte, uma partida de futebol etc.


Criticar é "falar mal"?
Abordar criticamente é opinar, é apresentar problemas e qualidades, pontos negativos e positivos que o resenhista julgar importante destacar. Portanto, a RESENHA não deve apenas apontar falhas (quando houver), mas deve também tecer elogios, pontos fortes da obra analisada. 
É muito comum jornais de grande circulação veicularem lançamento de livros, e, para tanto, o trabalho do resenhista é indispensável – a RESENHA tem a finalidade de apresentar determinada obra.


Como fazer?
A boa RESENHA, além de fornecer uma síntese do assunto, apresenta o maior número de informações sobre o trabalho – fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de algumas relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente – esse é o objetivo da resenha: orientar o público consumidor daquele objeto cultural.


Imaginemos, por exemplo, a resenha de um livro - ela deve contemplar:

1) Breve apresentação do autor - nome, data e local do nascimento, da morte, formação acadêmica etc.;
2) Apresentação da obra - título, gênero, ano da publicação etc.;
3) Avaliação crítica da obra – a composição do enredo, a contextualização, a originalidade e o caráter atual (ou não) do trabalho etc.;
4) Outras impressões do resenhista;
5) Aconselhamento do resenhista acerca daquela leitura – é recomendada?; a que tipo de público-leitor?; por quê?

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