A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que
considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de
Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo
de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores
interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a
resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem “a
intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que
utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas
sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis
que tenham apelo às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação
prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de
empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida
e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar
sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado
publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de
controlar e evitar abusos.
IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil
deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014
(adaptado).
TEXTO II
TEXTO III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para
receber as informações do mundo exterior, para compreender o que está por trás
da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro,
aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais
necessidades e consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o
mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o
marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do
marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.