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PAS-3/UnB 2016 – DISSERTAÇÃO - HISTÓRIA E MEMÓRIA CULTURAL

PAS|UnB - DISSERTAÇÃO

HISTÓRIA E MEMÓRIA CULTURAL

DISSERTAÇÃO

PAS-3/UnB 2016 

ID: FEH


ATENÇÃO: Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje, o espaço indicado para rascunho no presente caderno. Em seguida, escreva o texto na folha de Texto Definitivo da Prova de Redação em Língua Portuguesa, no local apropriado, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite máximo de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto além desse limite será desconsiderado. Na folha de texto definitivo da Prova de Redação em Língua Portuguesa, utilize apenas caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. Identifique-se apenas nos locais apropriados, pois será atribuída nota zero ao texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora desses locais.



https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/cidades/NOT,0,0,1366960,colecao+da+unicamp+no+museu+nacional+sobrevive+a+incendio.aspx

Um conjunto milenar de gravuras rupestres sagradas para povos do Alto Xingu, localizado em uma gruta a sudoeste do território do Parque Indígena do Xingu, foi depredado e danificado em algum momento nos últimos meses. O local está na área de interesse para a construção da rodovia BR-242, em fase de produção de estudo de impacto ambiental, e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste. Localizado fora da terra indígena, vem sofrendo com desmatamento e com o assoreamento do rio. Conhecido como Gruta de Kamukuwaká, o sítio arqueológico, às margens do rio Tamitatoala, no Mato Grosso, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como patrimônio cultural desde 2010 e é considerado sagrado por 11 etnias indígenas do Alto Xingu. “Parece que bateram com martelo. Destruíram a história de todo o Alto Xingu. E origem é a nossa identidade”, disse Piratá Waurá, do projeto de valorização patrimonial da gruta.

Internet: <www.jb.com.br> (com adaptações).


As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas na noite de 2 de setembro de 2018, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava, entre suas mais de 20 milhões de peças, os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas – nem sequer feitas – por pesquisadores. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem mais. Nos corredores e armários do Museu Nacional estavam guardados fósseis que trazem a hipótese dos ameríndios serem descendentes diretos de povos polinésios. São cerca de 40 esqueletos de índios botocudos, grupo já extinto, datados do período de contato com os portugueses. Trata-se de um material que não existe em nenhum outro museu do mundo. O acervo do local também continha gravações de conversas, cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas, muitas feitas durante a década de 1960 em antigos gravadores de rolo e que ainda não haviam sido digitalizadas.

Internet: <https://brasil.elpais.com> (com adaptações).


Você sabe o que é um museu?

O museu é uma casa de criação onde se preserva a memória de uma cidade, de um país, de uma pessoa, enfim é o lugar de histórias interessantes que nos faz viajar no tempo. Mas, apesar de contar histórias que já aconteceram, o Museu é o lugar para pensarmos o presente e refletirmos sobre o nosso tempo.

Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br>.


JU – O que são “espaços da recordação”? Qual a importância deles para uma nação?

Aleida Assmann – Inclui muitas coisas. As localidades espaciais, como lugares onde aconteceram as coisas, que se tornam lugares de memória, de recordação, lugares de peregrinação ou de turismo; há lugares que são transformados em memoriais, em locais de memória. Num sentido mais amplo, espaços de recordações significam que a memória não é só uma “maleta”, na qual se colocam as coisas, mas uma espécie de esfera dentro da qual as pessoas se comunicam e onde vivemos. O conceito é um pouco mais amplo de espaço de recordação. Podemos conectar isso com o conceito de nação. A nação cria para si um espaço de imaginação no qual ela se localiza e no qual ela se orienta (...).

JU – De forma mais resumida, como podemos definir o que é memória cultural?

Aleida Assmann – É um tipo de memória que sobrevive ao tempo, que transcende o tempo de vida do indivíduo. Existiu antes e existirá depois de mim. Participo dessa memória cultural enquanto estiver vivo. Como essa memória existe por um longo tempo, os mortos podem se comunicar com os vivos e os vivos podem se comunicar com as próximas gerações. Se não tivéssemos esse conceito, cada um só teria à disposição sua própria memória e não haveria essa memória cultural.

Trecho de entrevista concedida por Aleida Assmann, pesquisadora alemã, ao Jornal da Unicamp (JU). Internet: <www.unicamp.br> (com adaptações).


COMANDO: Considerando que os textos apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo comentando a seguinte inscrição, que se encontra na entrada do prédio da antiga IG Farben, companhia química alemã que funcionou durante a Segunda Guerra Mundial, onde hoje se localiza o prédio principal do campus Westend da Universidade de Frankfurt, na Alemanha:

NENHUM DE NÓS PODE ESCAPAR À HISTÓRIA DO NOSSO POVO. NÓS NÃO DEVERÍAMOS E NÃO DEVEMOS DEIXAR O PASSADO DESCANSAR, OU ELE PODE RESSURGIR E SE TORNAR O NOVO PRESENTE.


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