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MODELO ENEM - O POLITICAMENTE CORRETO

ENEM

O “POLITICAMENTE CORRETO”

MODELO ENEM  

ID: DVS 


Texto I 


https://2.bp.blogspot.com/-kc_X2StZ6Po/W47OOUE8KiI/AAAAAAAAOzk/nNYna0qy3CMG9Kzd0UW1qZvDrhBmMxcXwCLcBGAs/s1600/Charge%2B%252822%2529.jpg
 

Texto II 
O significado com que a expressão chegou até nós é uma criação dos Estados Unidos dos anos 60.  Na época, universitários americanos abraçaram a defesa dos direitos civis, seja das mulheres, seja dos negros. Era uma época de transformações na sociedade: as empresas e universidades, antes habitadas exclusivamente por homens brancos, naquele instante viam chegar mulheres, negros, gays, imigrantes. Era preciso ensinar as pessoas a conviverem com a diferença. Nisso, negro virou african-american, ("afro-americano"), fag ("bicha") virou gay ("alegre"). O paradoxal aí é que, pela primeira vez na história americana, quem buscava estender os direitos civis também advogava por uma limitação na liberdade de expressão.

http://super.abril.com.br/cultura/o-que-voce-pode-falar-afina. Fragmento.
Acesso em 09.jul.2021.

 

Texto III 

Preconceito, nunca. Temos apenas opiniões bem definidas sobre as coisas.

Preconceito é o outro quem tem...

O leitor já observou como temos o fácil hábito de generalizar (e prova disso é a generalização acima) sobre tudo e todos? Falamos sobre “as mulheres”, a partir de experiências pontuais; conhecemos “os políticos”, após acompanhar a carreira de dois ou três. O mecanismo funciona mais ou menos assim: estabelecemos uma expectativa de comportamento coletivo (nacional, regional, racial), mesmo sem conhecermos, pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do grupo sobre o qual pontificamos. Sabemos (sabemos?) que os mexicanos são preguiçosos porque eles aparecem sempre dormindo embaixo dos seus enormes chapelões, enquanto os diligentes americanos cuidam do gado e matam bandidos nos faroestes. Falamos sobre a inferioridade do negro, a partir da observação empírica de sua condição socioeconômica. Achamos que as praias do Rio de Janeiro, cheias durante os dias da semana, são prova do caráter folgado dos cariocas. Não nos detemos em analisar a questão um pouco mais a fundo. Não nos interessa estudar o papel que a escravidão teve na formação histórica dos negros. Pouco atentamos para a realidade social do povo mexicano, e de como ele aparece estereotipado no cinema hollywoodiano. O importante é reproduzir, de forma acrítica e boçal, os preconceitos que nos são passados por piadinhas. Temos pesos, medidas e até um vocabulário diferente para nos referirmos ao “nosso” e ao do “outro”, numa atitude que, mais do que autocondescendência, não passa de preconceito puro. Por exemplo: nós temos hábitos, eles vícios; nós cometemos excessos compreensíveis, eles são um caso perdido; nós jogamos muito melhor, o adversário tem sorte. Observar, estudar e agir respeitando as diferenças é o que se espera de cidadãos que acreditam na democracia e, de fato, lutam por um mundo mais justo. (Fragmento de Jaime Pinsky, historiador, doutor e livre docente pela USP, adaptado.)

(...)

A coisa ficou preta: A frase é utilizada para expressar o aumento das dificuldades de determinada situação, e traz forte conotação racista contra os negros.

Baianada: Expressão pejorativa que atribui aos baianos inabilidade no trânsito e em outras atividades. Trata-se de um preconceito de caráter regional e racial, ao lado de outros como o que imputa a malandragem aos cariocas, a esperteza aos mineiros, a falta de inteligência aos goianos, a orientação homossexual aos gaúchos etc.

Branquelo: Existe no Brasil preconceito racial contra pessoas brancas. Mais fortemente contra membros das colônias europeias no Sul do País.

Burro: Xingamento dirigido a quem se atribui falta de inteligência. Conferir às pessoas supostas características de animais é um dos recursos mais comuns para desqualificá-las.

Denegrir: Esse verbo, com o sentido de aviltar, diminuir a pureza, conspurcar, tornou-se ofensivo aos negros e, por essa razão, deve ser evitado.

Palhaço: O profissional que vive de fazer as pessoas rirem pode se ofender quando alguém chama de "palhaço" uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade a uma atitude sua.

http://www.dhnt.org.br/dados/cartilhas/a pdf dht/cartilha politicamente, fragmento adaptado.
Acesso em 09.jul.2021.


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: O “politicamente correto” na sociedade contemporânea. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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