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EM - DISSERTAÇÃO - MODELO UEMA - O LEGADO DA ESCRAVIDÃO

UEMA

DISSERTAÇÃO
MODELO UEMA
O LEGADO DA ESCRAVIDÃO

Os textos servem como base para refletir sobre o tema que será apresentado, e como ponto de partida para você, candidato, desenvolver suas ideias com argumentação consistente. Leia-os antes de elaborar sua redação.


Texto I

http://4.bp.blogspot.com/


Texto II
Brasil era o último país do mundo ocidental a eliminar a escravidão! Para a maioria dos parlamentares, que tinha se empenhado em favor da Abolição, a questão estava encerrada. Os ex-escravos foram abandonados à sua própria sorte. Caberia a eles, daí por diante, converter sua emancipação em realidade. Se a lei lhes garantia o status jurídico de homens livres, ela não lhes fornecia meios para tornar sua liberdade efetiva. A igualdade jurídica não era suficiente para eliminar as enormes  distâncias sociais e os preconceitos que mais de trezentos anos de cativeiro haviam criado. A Lei Áurea abolia a escravidão, mas não seu legado. Trezentos anos de opressão não se eliminam com uma penada. A abolição foi apenas o primeiro passo na direção da emancipação do negro. Nem por isso deixou de ser uma conquista, se bem que de efeito limitado.
(Emília Viotti da Costa. A abolição, 2008.)

Texto III
O Brasil legado pela Abolição – racismo e propriedade
O fim do escravismo e a transição para o trabalho livre foi a maior transformação revolucionária no Brasil. E as marcas do racismo permanecem como uma chaga social. A Abolição resultou da maior campanha popular ocorrida o Brasil. Mas foi uma revolução que ficou pela metade porque a oligarquia dominante conseguiu assumir o controle da mudança. Cedeu ante a perda inevitável, abriu mão de parte de sua propriedade (os escravos), mas garantiu a posse daquele que, agora, era o principal meio de produção, a terra. (...) A Abolição conduzida pela classe dominante escravista trouxe uma amarga vitória para os ex-escravos, mantendo marcas do escravismo que, 130 anos após, permanecem na sociedade brasileira.


O escravo libertado pelo treze de maio não foi respeitado, pela classe dominante, como um cidadão com direitos iguais aos demais membros da sociedade, mas como um meio cidadão que - trazendo na cor da pele a marca distintiva dos escravos – está sempre sujeito à discriminação, à pobreza, à marginalidade. A ser detido pela polícia, como o liberto o era pelos capitães de mato, sempre suspeito de ser escravo fugido. E o topo da sociedade continua ocupado pelos descendentes da mesma classe dominante formada por escravistas, latifundiários e donos do capital rentista e especulativo. E que são, pelo DNA social, reacionários e direitistas, portadores, os principais fatores do atraso, da instabilidade política e da divisão que opõe aquela classe dominante ao povo brasileiro.


http://www.vermelho.org.br/noticia/310975-1 , Por José Carlos Ruy



Texto IV
Qualquer estudo sobre o racismo no Brasil deve começar por notar que, aqui, o racismo é um tabu. De fato, os brasileiros imaginam que vivem numa sociedade onde não há discriminação racial. Essa é uma fonte de orgulho nacional, e serve, no nosso confronto e comparação com outras nações, como prova inconteste de nosso status de povo civilizado.


(Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. Racismo e anti-racismo no Brasil, 1999. Adaptado.)http://4.bp.blogspot.com/-



O Brasil era o último país do mundo ocidental a eliminar a escravidão! Para a maioria dos parlamentares, que tinha se empenhado em favor da Abolição, a questão estava encerrada. Os ex-escravos foram abandonados à sua própria sorte. Caberia a eles, daí por diante, converter sua emancipação em realidade. Se a lei lhes garantia o status jurídico de homens livres, ela não lhes fornecia meios para tornar sua liberdade efetiva. A igualdade jurídica não era suficiente para eliminar as enormes distâncias sociais e os preconceitos que mais de trezentos anos de cativeiro haviam criado. A Lei Áurea abolia a escravidão, mas não seu legado. Trezentos anos de opressão não se eliminam com uma penada. A abolição foi apenas o primeiro passo na direção da emancipação do negro. Nem por isso deixou de ser uma conquista, se bem que de efeito limitado.

(Emília Viotti da Costa. A abolição, 2008.)



Assista:


Violência: a herança da escravidão | Glenda Mezarobba 2:05 - https://www.youtube.com/watch?v=fIn5hTnX9XI



Ser negro no Brasil: A escravidão como elemento civilizatório | JAQUELINE CONCEIÇÃO 9:42 - https://www.youtube.com/watch?v=yYJSbG7rETY




PROPOSTA DE REDAÇÃO: Depois da atenta leitura aos textos acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “A LEI ÁUREA LIBERTOU OS ESCRAVOS, MAS NÃO ABOLIU O LEGADO DA ESCRAVIDÃO”.



Instruções:
Dê um título à sua redação; utilize a norma padrão da língua; não copie trechos dos textos apresentados na coletânea; não escreva a lápis; escreva de modo legível e na folha apropriada para a redação. Obedeça ao que consta no Edital, a respeito da correção da Produção Textual – será atribuída nota zero à prova
de produção textual do candidato que:


a) identificar a folha destinada à sua produção textual;
b) desenvolver o texto em forma de verso;
c) desenvolver o texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com números, desenhos, palavras soltas);
d) fugir à temática proposta na prova de produção textual;
e) fugir à tipologia textual proposta na prova de produção textual;
f) escrever de forma ilegível;
g) escrever a lápis;
h) escrever menos de 15 (quinze) linhas;
i) deixar o formulário para a produção textual em branco.

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