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EM - DISSERTAÇÃO - MODELO UERJ - PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

UERJ

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

MODELO UERJ

ID: E9A


Texto I 

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em março/2020, registrou 221.869 pessoas em situação de rua. Os dados mostram uma realidade nada animadora em relação ao progresso das políticas públicas destinadas a essa população. Se levarmos em conta que em março de 2020 a pandemia no Brasil começava a se expandir, provavelmente os números de pessoas em situação de rua tenha aumentado significativamente.




Disponível em: https://sbsrj.org.br/moradores-de-rua-brasil/. Adaptado. Acesso em 18.jan.2023.

 



Texto II

Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

http://www.mundoeducacao.com/geografia/populacao-situacao-rua.htm




Texto III

Acostumados aos olhares indiferentes dos que passam, eles carregam histórias tristes e conflituosas que dificilmente ganham voz no meio da multidão. São pessoas que, por diversos motivos deixaram seus lares, para tentarem a sorte na rua, e agora buscam no álcool e nas drogas uma forma de anestesiar a amargura, o frio e a falta de esperança. Mas o que leva alguém a decidir viver ao relento, sem endereço fixo? Um estudo inédito coordenado pelo doutor em Sociologia Lindomar Boneti, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), revela que são três as principais causas: conflitos familiares, desemprego e fracasso escolar. “Geralmente as causas estão dentro da família. Existe algo que motiva essa pessoa a ir para a rua”, diz.

A pesquisa ouviu até o momento 300 moradores de rua da capital paranaense. Segundo estatísticas preliminares do Movimento Nacional de População de Rua, aproximadamente 10 mil pessoas residem nas ruas no Paraná – metade em Curitiba. No país, são quase 2 milhões. O professor diz que as causas geralmente estão interligadas. “Um exemplo: o pai perde o emprego, começa a beber e a bater nos filhos. O que acontece é os filhos irem para as ruas por não suportarem mais viver na família”, explica Boneti. Associado aos fatores elencados pelo pesquisador do Paraná, a socióloga da Universidade de Brasília (UnB) Maria Lúcia Lopes da Silva, que também pesquisa os moradores de rua, cita o problema de falta de moradia.

“Não ter uma casa própria ou dinheiro para pagar um aluguel também é um ponto que deve ser levado em consideração. É o problema da falta de renda, de um modo geral, que leva a isso”, acrescenta. O senso comum aponta as drogas como um fator preponderante para que parte da população decida viver na rua, mas os especialistas afirmam que o vício é consequência e não causa: “As drogas são uma estratégia de sobrevivência de quem está na rua. Aparecem, geralmente, depois que eles vão para a rua. É uma forma de tentar fugir da realidade em que vivem”, afirma Maria Lúcia.

https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/a-dificil-decisao-de-viver-nas-ruas-2ripfb51stwieu3zsipn88lla




PROPOSTA DE REDAÇÃO: Com base na imagem, nos textos desta prova e em suas reflexões, escreva uma dissertação argumentativa, em prosa, com 20 a 30 linhas, sobre o seguinte tema:


“A questão das pessoas em situação de rua no Brasil contemporâneo.”

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