Cibercondria, formada pela junção de “ciber” e “hipocondria”,
também chamada de hipocondria digital ou fenômeno Dr. Google, é tratada como
uma patologia que surge com o advento da internet. No discurso médico, é
caracterizada como uma doença psicopatológica ligada ao espaço cibernético - os indivíduos, “obcecados com seu estado de saúde”, consultam, por meio da
internet, o que os afeta. A cibercondria é vista também como a “tendência de o
usuário acreditar que tem todas as doenças sobre as quais leu na internet”. O
termo “cibercondria” surgiu em 2000, e refere-se à “ansiedade induzida como
resultante de buscas on-line relacionadas à saúde”.
Os afetados pela cibercondria costumam
autodiagnosticar-se, por causa da fé cega na internet, e costumam recorrer
também à automedicação, baseando-se naquilo que leram. Este fato pode ter
graves consequências e efeitos adversos, já que todo diagnóstico deve ser feito
por um médico, bem como a supervisão de qualquer tratamento.
Coriza, tosse, dor de cabeça, febre, moleza,
desânimo... Quem já não sentiu estes sintomas e correu para o Dr. Google? Está
tudo lá. O que fazer? O que pode ser? Como agir? Qual medicamento indicado? Com
diagnóstico em segundos, pra que consultar um médico? Em plena pandemia do novo
coronavírus (que tem sinais bem parecidos com o da gripe), o risco do
autodiagnóstico e da automedicação pela internet é real, ocorre a todo momento
e é muito grave.
Se você se identificou é porque pertence ao grupo
dos 40,9% de brasileiros que fazem autodiagnóstico pela internet. Desses,
63,84% têm formação superior. Os dados são do Instituto de Ciência, Tecnologia
e Qualidade (ICTQ), entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica.
Na pesquisa anterior, de 2016, o índice de autodiagnóstico on-line foi de 40%.
Levantamento realizado recentemente pelo Google
(...), mostrou que o índice de pessoas que utilizam a internet como primeira
fonte de informação em casos de problemas de saúde chega a 26%, próximo aos que
buscam imediatamente um médico, com 35%. (...) Muitas vezes, o paciente faz a
busca pelos sintomas e, de imediato, encontra o suposto diagnóstico. Porém, não
leva em consideração que um mesmo sintoma pode estar associado a diferentes
patologias (...). A coleta de informações a respeito de doenças em sites
confiáveis não deixa de ser válida, desde que seja por pura e tão somente fonte
de conhecimento, deixando o diagnóstico e a prescrição de remédios sempre a
cargo de um médico.
https://www.hasabin.com.br/perigos-e-riscos-da-automedicacao-por-meio-do-dr-google/,
com ajustes
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Impactos da cibercondria – a doença da era digital”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.