MANIFESTO DE ATIVISTA CONTRA CASOS DE XENOFOBIA EM
RORAIMA
MODELO UNICAMP – ID: E9I
Texto I
Durante
o confronto, foram queimados pneus nas ruas de Paracaima / Avener Prado –
18.ago.2018/Folhapress
Pacaraima
se transformou em uma zona de conflito entre brasileiros e venezuelanos (...),
com pedradas, ataques com bombas de gás improvisadas, incineração de pertences
de refugiados e vandalização de carros dos moradores locais. Grupos brasileiros
estão perseguindo refugiados venezuelanos que vivem na cidade de Raraima, e
queimando seus pertences após um comerciante local ser surrado em um tentativa
de assalta na véspera. Agredidos com pedaços de pau, os refugiados foram
expulsos das tendas que ocupavam na região na fronteira do Brasil com a
Venezuela.
As
autoridades brasileiras no local não intervieram. O Exército, que está em
missão humanitária na cidade, informou que não iria agir, mas repudiou, em nota
“atos de vandalismo e violência contra qualquer cidadão, independentemente de
sua nacionalidade”.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/refugiados-venezuelanos-sao-agredidos-e-expulsos-de-tendas-em-roraima.shtml.
Acesso em 14.09/2018.
Texto II
Segundo
o artigo 1.º da Lei 9.474/97, que define o conceito de refugiados no Brasil,
“será reconhecido como refugiado todo indivíduo que, devido a grave e
generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de
nacionalidade para buscar refúgio em outro país”. A definição parece descrever
bem a situação dos cidadãos venezuelanos, indígenas ou não, que têm chegado ao
Brasil pela fronteira de Roraima, cada vez mais numerosos, saídos da crise
política que paralisa a Venezuela. (...)
“Esse
povo venezuelano não está sendo acomodado em algum lugar. É preciso fazer uma
triagem, aproveitar essa mão-de-obra especializada que chega, o governo
brasileiro tem que dar essa assistência, é obrigação. Os organismos
internacionais têm que encarar isso com muito mais responsabilidade. Esse povo
está na praça pública”, relata. “Esse povo dorme no relento, não existe
banheiro, não têm abrigo, há crianças dormindo entre os pais, na grama. É
desumano.”, afirma o senador pelo Estado de Roraima Telmário Motta.
http://br.rfi.fr/americas/20180222-migrantes-venezuelanos-sao-refugiados-de-guerra-diz-senador-de-roraima.
Acesso em 14-9-2018.
PROPOSTA DE
REDAÇÃO: Imagine que você seja um ativista brasileiro dos Direitos Humanos, em
especial, dos refugiados. Tendo em vista a legislação vigente acerca da obrigatoriedade
do acolhimento aos refugiados, e, diante das notícias acerca de situações de
xenofobia, você decide escrever um MANIFESTO em favor dos venezuelanos que
estão em Roraima. No mesmo texto, exija medidas efetivas das autoridades
brasileiras acerca dessa situação. Esse manifesto deverá ser lido ao final de
uma passeata nas imediações do Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty,
em Brasília. Procure a adesão
do maior número de pessoas, ativistas ou não. Para isso, colete as respectivas
assinaturas. Fazendo assim, o Manifesto ganha, inclusive caráter de
abaixo-assinado, que é documento com maior representatividade diante das
instituições governamentais.
O que é MANIFESTO?
O MANIFESTO é um gênero
textual de caráter sócio-político-reivindicatório, e, desse modo, apropria-se
do tipo dissertativo para expor, discutir, denunciar, pedir, atraindo a opinião
pública e convocando a comunidade a enfrentar a problemática ali tratada.
Como fazer? Não há
uma estrutura fixa a ser seguida. As argumentações do manifestante devem
fundar-se em informações factuais. O vocabulário deve ser acessível.
Geralmente, no corpo do manifesto, os verbos apresentam-se no presente do
indicativo; no final, verbos no imperativo. O manifesto é assinado pelo
manifestante e, eventualmente, por pessoas que o apoiam – nesse caso, ganha
caráter de abaixo-assinado. O título do manifesto, frequentemente, adianta a
questão denunciada ou a causa defendida ao longo do texto. Por exemplo:
MANIFESTO
DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CONTRA A POLÍTICA AMERICANA DE SEPARAÇÃO FAMILIAR
Antes de começar a
redigir um manifesto, é preciso pensar: Qual é o motivo/ a causa de pedir, ou seja, de manifestar? Quem é o
público-alvo? O protesto é contra quem: instituições governamentais,
particulares, sociedade, indústria...? O protesto é em favor de quem: meio
ambiente, determinado segmento social...? Que pedido se faz?
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