EM - ARTIGO DE OPINIÃO - IMPARCIALIDADE DA IMPRENSA
ARTIGO DE OPINIÃO - EM
IMPARCIALIDADE DA IMPRENSA
ARTIGO DE OPINIÃO
ID: DYL
Texto I Nos últimos meses, as publicações de teor político se multiplicaram nas redes sociais: as pessoas se manifestam a favor ou contra o governo. (...) Enquanto algumas pessoas simplesmente reproduzem as informações transmitidas pelos veículos de comunicação, outras acusam a grande mídia de “tomar partido” nos debates políticos. Mas é possível existir imparcialidade na imprensa? Sempre há uma posição política sendo assumida: a ordem em que as matérias são exibidas, a duração de cada reportagem, as notícias que não são divulgadas e os adjetivos usados nas falas dos jornalistas não são aspectos definidos de maneira inocente pelos editores do telejornal. O mesmo vale para as revistas, os jornais impressos e os sites de notícias. Aquele que transmite informações pela mídia nunca pode apagar completamente o seu ponto de vista ou o ponto de vista da corporação para a qual trabalha, seja ele favorável ou crítico ao governo.
Texto II Volta e meia retorna à pauta a questão da “liberdade de imprensa” no Brasil, mesmo quando ela, de modo nenhum, está sendo verdadeiramente contestada. O período de eleições fomenta tal discussão, pois qualquer assertiva não elogiosa torna-se digna de uma refutação, ainda que retórica e sem fundamento. Por um lado, comentários negativos da imprensa ao governo e aos candidatos; por outro, os governantes e candidatos acusam a imprensa de “tendenciosa” ou “ideologicamente comprometida”. A imprensa é neutra e independente é algo desejável. Defender que ela assim o seja é uma necessidade imprescindível à democracia. Porém, acreditar nisso, só por ingenuidade ou interesse. Não existe neutralidade de pensamento em qualquer que seja a atividade humana. (...) Bem se sabe que os meios de comunicação em geral não são, nunca foram, e nunca serão, neutros. E isso em si mesmo não é um defeito, pois onde há humanidade, há também uma identidade forjada entre razão e sensibilidade. O homem está inserido num contexto que o influencia, que o condiciona e que o faz refém de suas preferências, para além de sua vontade.
Texto III O diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, acredita que a mídia deveria se posicionar claramente sobre a linha ideológica e política que segue. Doutor em Sociologia e professor de Teoria da Comunicação, o jornalista, que comanda um periódico abertamente de esquerda, diz que não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa. (...) Ramonet entende que os veículos de comunicação deveriam deixar claras as posições políticas e ideológicas que defendem. “Não tenho nada contra um jornal ser de direita, acho interessante que existam. Mas que fique claro que representa o ponto de vista dos empresários, da burguesia e da classe conservadora”, aponta.
COMANDO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um ARTIGO DE OPINIÃO, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A imparcialidade da imprensa e os impactos político-sociais.