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FAMEMA 2018 - VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES
FAMEMA
FAMEMA/2018
VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES
ID: FB9
Texto 1
Uma pesquisa
mundial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com
mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino
fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de
um ranking de violência em escolas: 12,5% dos professores ouvidos no país
disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo
menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países
pesquisados. A pesquisadora Rosemeyre de Oliveira, da PUC-SP, atribui a
violência nas escolas à impunidade dos estudantes. “O aluno que agride o
professor sabe que vai ser aprovado. Pode ser transferido de colégio – às vezes
é apenas suspenso por oito dias", diz. "Os regimentos escolares não costumam
sequer prever esse tipo de crime. Aí, quando ele ocorre, nada acontece.”
(Luiza Tenente e Vanessa Fajardo. “Brasil é #1 no ranking da violência
contra professores: entenda os dados e o que se sabe sobre o tema”.
g1.globo.com, 22.08.2017. Adaptado.)
Texto 2
A
presidente-executiva da organização Todos Pela Educação, Priscila Cruz,
acredita que o primeiro passo para diminuir as agressões contra os professores
é reconhecer que a escola sozinha não é capaz de prevenir a violência. “Muitas
vezes, essa é a referência em casa, na comunidade. É preciso trabalhar a
cultura de paz na escola, motivar a solução não violenta de conflitos. Qualquer
violência escolar não é um problema só da educação.” Para a coordenadora
executiva da Comunidade Educativa (Cedac), Roberta Panico, esse tipo de
violência é uma reprodução do que ocorre fora da escola, mas há outro tipo de
agressão praticada pela escola contra o aluno, da qual pouco se fala. “A
sociedade está mais violenta. Ir para uma escola suja, quebrada, não aprender o
que deveria, isso também é violência.”
(Maiza Santos. “Brasil é campeão em atos violentos de alunos contra
professores”. www.em.com.br, 23.08.217. Adaptado.)
Texto 3
No contexto
escolar, a partir do conjunto de regras que ditam os comportamentos e as
relações – incluído aí o exercício da autoridade por parte do professor –
desenvolvem-se sentimentos, atitudes e percepções variadas acerca da própria
escola, que podem, muitas vezes, levar a desinteresse, indisciplina e atos de violência
por parte dos alunos. Esses reclamam que os próprios adultos infringem as
regras e que há abuso de poder por parte das instituições, que impõem regras
sem margens de defesa ou possibilidades de contestação por parte dos jovens.
Por outro lado, os professores sugerem que a estrutura familiar e a falta de
sintonia entre escola e família em relação ao papel que desempenham na formação
do aluno contribuem para a incidência de agressões. Segundo os docentes, a
violência contra o professor é um reflexo da classe social a que pertencem os
alunos, das comunidades em que estão inseridos, da família da qual fazem parte
e das mídias a que têm acesso.
(Kátia dos Santos Pereira. “Violência contra os professores nas escolas”.
www2.camara.leg.br, maio de 2016. Adaptado.)
Com base nos
textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação,
de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:
“A
violência contra o professor é consequência de regras escolares impostas aos
alunos de forma autoritária ou reflexo de uma sociedade violenta?”