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EFAF - ENTREVISTA – MAURICIO DE SOUSA

ENTREVISTA - EF ANOS FINAIS

ENTREVISTA

MAURICIO DE SOUSA

ID: E9L


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O criador da Turma da Mônica: Paulista nascido em Santa Isabel, filho de um casal de poetas, Mauricio de Araújo de Sousa é membro da Academia Paulista de Letras e o mais famoso e premiado cartunista brasileiro. Mais conhecido por Mauricio de Sousa, é o criador dos quadrinhos da Turma da Mônica. Ele conquistou o país em 1959, ano em que seus personagens carismáticos e icônicos estrearam ao público. De lá para cá, as histórias de Mônica, seus amigos e familiares cresce em quantidade e em alcance.  

 

Nascimento e infância: Mauricio de Sousa nasceu em 27 de outubro de 1935 em Santa Isabel/SP. Filho do barbeiro (e também poeta e pintor por vocação) Antônio Mauricio de Sousa e da poetisa Petronilha Araújo de Sousa. Sua infância foi marcada por pescarias e brincadeiras de rua. Conforme foi crescendo, Mauricio passou a desenhar cartazes e pôsteres, alguns dos quais integraram jornais. Ele queria viver de seus desenhos. Quando contou isso ao pai, ouviu dele o seguinte conselho: “Mauricio, desenhe de manhã e administre à tarde.”


Caça aos gibis: Nos anos 1950 (Mauricio de Souza ainda não era cartunista), os gibis foram alvo de perseguição, não só no Brasil, mas em outros países também. Em 1954, um psiquiatra alemão afirmou que a indústria dos quadrinhos era uma das razões pelo desvio de comportamento de jovens e o aumento da criminalidade e delinquência. (...) A notícia também chegou no Brasil e na escola de Mauricio, quando um de seus professores pediu para que os alunos levassem gibis para serem queimados. "Eu não aceitei essa ameaça, mas como também não queria tirar nota baixa, eu escolhi os gibis que eu não gostava muito e que tinham uns desenhos ruins", relembra o cartunista. (...)


Seguindo o sonho: Em 1954, aos 19 anos, Mauricio se mudou para a capital paulista e começou a procurar emprego como ilustrador (...), mas, em vez disso, conseguiu uma vaga de repórter policial, função que exerceu por cinco anos, realizando muitos plantões e ilustrando suas reportagens com desenhos próprios que faziam muito sucesso entre os leitores do veículo. Em 1959, sua primeira tirinha foi publicada na imprensa, no jornal Folha da Tarde. A ilustração trazia suas primeiras personagens, o cão Bidu e Franjinha. (...)


Turma da Mônica: Em 1960, desenhou o Cebolinha, que sempre falava errado (ou elado?). Em 1961, foi a vez do Cascão. Mais personagens foram surgindo, mas todas eram do gênero masculino. Até que Mauricio foi confrontado pela ausência de mulheres em suas tirinhas e, em 1973, desenhou a Mônica. Com o tempo, outros tantos foram surgindo e aparecendo na revista de HQ, entre eles, personagens da Turma do Chico Bento, Turma da Tina, Turma da Mata e outros. Um apêndice da revistinha da Turma da Mônica é a versão adolescente das famosas personagens, a Turma da Mônica Jovem, lançada em 2008. A tiragem dessas revistas atinge mais 500 mil exemplares mensais.


Personagens muito conhecidos: De 1959 para cá, Mauricio e sua equipe de desenhistas da Mauricio de Sousa Produções já deram vida a cerca de 250 personagens, alguns que fizeram sucesso enquanto outros até deixaram de existir. Muitas dessas personalidades que fazem sucesso nos gibis são inspiradas em pessoas da vida real de Mauricio. “Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali, eles todos são a minha família, são inspirados na minha vida, então eles são parte do que eu sou”, conta o desenhista.


Expansão mundial: Nesses, aproximadamente, 60 anos de trabalho, a Mauricio de Sousa Produções já publicou um bilhão de revistas e, atualmente, representa 86% das vendas de HQ no Brasil. O material também é exportado para cerca de 30 países. Junto aos quadrinhos, há também livros ilustrados, álbuns de figurinhas, DVDs, desenhos animados, série no YouTube, parque de diversão e outros tantos produtos licenciados. Todas essas conquistas consagraram Mauricio de Souza o mais famoso e premiado autor brasileiro de quadrinhos.

https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2018/05/mauricio-de-sousa-conheca-trajetoria-do-criador-da-turma-da-monica.html, adaptado.




Mauricio de Sousa perde vaga na ABL para filólogo Ricardo Cavaliere

Em declaração depois do resultado, o cartunista e quadrinhista Mauricio de Sousa, o Pai da Turma da Mônica, de 87 anos parabenizou o vencedor da disputa e celebrou a discussão sobre o "papel fundamental" dos quadrinhos na formação de leitores: "Agradeço de coração os apoios que recebi nesta campanha e aos que me honraram com seu voto, acreditando na minha proposta para a ABL. Continuarei nesta ideia de trabalhar e aprender com os acadêmicos, assim como vem acontecendo na Academia Paulista de Letras", afirma o texto, em referência à instituição estadual da qual o artista é integrante.

Disponível em: https://dol.com.br/noticias/brasil/806873/mauricio-de-sousa-perde-vaga-na-abl-para-filologo?d=1. Adaptado para fins didáticos. Acesso em 2.mai.2023.

 




PROPOSTA DE REDAÇÃO: Você foi convidado a entrevistar, ainda que imaginariamente, o cartunista Maurício de Souza. Lido o texto de apoio, passe, então, a “entrevistá-lo”. Componha de seis a oito perguntas e extraia do texto as respectivas respostas. É fácil: leia e grife dos textos fragmentos importantes sobre a vida e a obra do autor – eles serão, depois de ajustados, as “respostas” às perguntas que você criará. Obviamente, perguntas e respostas precisam ter coerência. Imagine ainda que a entrevista será publicada numa revista de grande circulação. Capriche!


Só para lembrar...

ENTREVISTA é gênero textual do domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre entrevistador (jornalista) e entrevistado (personagem do fato/da notícia). A entrevista é um dos modos de apuração das informações, que são matéria-prima da notícia.


Como fazer?

Preliminarmente, o jornalista/entrevistador indaga e ouve as narrativas do entrevistado. A partir da coleta dessas informações, a entrevista é redigida, com a apresentação, ainda que breve, da revista/jornal entrevistador, da biografia do entrevistado, do tema da entrevista e da respectiva importância dele no contexto em que está inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em seguida, alternam-se perguntas (do entrevistador) e respostas (do entrevistado). Para a sequência dialogal de perguntas e respostas, são utilizadas rubricas que identificam o entrevistador e o entrevistado. Geralmente, atribui-se um título (criado pelo entrevistador ou pelo editor), seguido de uma frase de efeito (colhida das falas do entrevistado).


IMPORTANTE: O entrevistador precisa estar atento na elaboração das perguntas, que devem ser objetivas/curtas. Obviamente, as falas do entrevistador não devem ser maiores que as do entrevistado.

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