Havia o
tempo em que os negros eram livres. Então surgiu a escravidão. Depois veio a
liberdade. Mas aí brotou o preconceito. Surgiu, assim, um tempo em que
discriminar as pessoas por causa da cor da pele era socialmente aceito e, aos
olhos da Justiça, apenas uma contravenção penal. Para tentar pôr um fim a isso,
há 30 anos, surgiu a Lei de nº 7.716, que define os crimes de racismo. (...) "Evidentemente,
a lei serve como instrumento para que possamos refletir sobre isso. Mas é uma
lei que tem só 30 anos. O Brasil viveu 350 anos de escravidão e ela só veio 100
anos depois da abolição. Ela não conseguiu impedir [o racismo]. Ainda tivemos
diversos registros envolvendo discriminação", reforça o juiz Fábio
Esteves, presidente da Associação dos Magistrados do DF (Amagis-DF) e um dos
organizadores do Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros, evento que já
teve duas edições.
Mais do que
as mudanças na lei, os especialistas defendem, sobretudo, uma mudança na
educação. (...) “O Brasil é um país profundamente racista e que nunca teve uma
ação efetiva de reparação. Por anos, houve um esforço sistemático para
embranquecer a população. Acreditava-se que a razão do atraso era a presença de
pessoas negras. Além disso, tentam apagar o nosso passado escravocrata. Sabe-se
muito pouco do que foi a escravidão. Se as pessoas conhecessem a nossa
história, dificilmente insistiriam nesse mito de democracia racial. E, para
além da educação na escola, é preciso pensar na educação da sociedade como um
todo”, afirma Gina Vieira, professora de educação básica e autora do projeto
"Mulheres Inspiradoras".
COMANDO: A partir do material de apoio e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija uma DISSERTAÇÃO
ARGUMENTATIVA, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “CAMINHOS PARA COMBATER O RACISMO”.