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EFAF - MEMÓRIAS LITERÁRIAS - CENA DA INFÂNCIA

NARRATIVA - EF ANOS FINAIS

UMA CENA DA INFÂNCIA

MEMÓRIAS LITERÁRIAS

ID: EVE


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Segundo Stella Maris Rezende, um escritor “tem que admirar as coisas aparentemente sem importância nenhuma. Um caco de pires, por exemplo, pode abrir um assunto, quebrar o gelo e puxar uma ladainha, saudade de avós, lamparinas e escapulários, procissões, cachecóis de lã...”.

Então é isso! Saudade de avós, tios, primos, simpáticos ou implicantes, doces ou amargos, mansos ou feras... Lembranças da família rendem crônicas, novelas, romances... Rendem uma tarde debaixo da árvore, laranja verde com sal!

E, claro, tudo isso precisa ficar registrado, para que não se perca. Mas não é preciso ser tão fiel às cenas! Para compor as memórias literárias vale enfeitar, inventar, colorir, descolorir...


COMANDO: Vasculhe as gavetas da memória e recomponha uma cena importante de sua infância. Escreva aproximadamente 30 linhas. Atribua um título ao texto.


IMPORTANTE: Jornalistas, historiadores, chargistas, escritores, poetas, muitas vezes, utilizam-se dos mesmos fatos sociais para a produção de textos. Entretanto, Miguel de Cervantes, escritor espanhol, nos ensina que “Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar as coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja.

O que isso quer dizer?

Quem faz literatura não tem o compromisso nem com a verdade nem com a objetividade daquilo que escreve. Poetas e escritores têm a missão de arranjar a mensagem, a fim de que o leitor sinta prazer na leitura. É isso o que chamamos “função poética da linguagem”.

Você sabe o que é metáfora?

As figuras de linguagem são recursos eficientes para a produção de textos literários. Leia, pesquise, valorize seu texto! Busque na gramática definição e exemplos de: comparação, metáfora, sinestesia e personificação, as figuras de linguagem mais usuais.

Leia o fragmento de Gislaine Buosi, extraído de seu livro de memórias:

Sentada aqui, em minha cadeira de palhinha, lembro-me de quando, numa tarde fria de junho, meu avô Antenor me disse que ele tinha dois corações. Fiz uma careta, não sei ao certo se de espanto, medo ou felicidade – meu avô não morreria de uma vez. Então cheguei meu ouvido ao peito dele, e ouvi o Tum-tum, um forte, outro fraco. Acreditei na história dos dois corações, muito embora eu ainda quisesse fazer-lhe umas perguntas... Feliz por ter-me enganado, ele me deu um presente: um regador. Então passamos o restante daquela tarde no jardim, regando as flores. (...) Lembro-me de minha admiração pelo Chico, o gato de meu avô. Perguntei se o Chico também tinha dois corações, e vovô me disse que gatos têm sete vidas e portanto, sete corações.

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