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EFAF - CRÔNICA - A EXPERIÊNCIA DA PRIMEIRA LEITURA

CRÔNICA - EF ANOS FINAIS

CRÔNICA

QUAL FOI SEU ENCONTRO... COM A LEITURA ?

Alguns acontecimentos em nossa vida costumam nos marcar para sempre. É o caso da primeira festa, da primeira viagem sozinho, do primeiro amor e, certamente, da leitura do primeiro livro. Confira o que disse Zeca Baleiro, músico e letrista, sobre seus encontros, durante a adolescência, com a obra de Machado de Assis:


(https://www.vagalume.com.br/zeca-baleiro/versos-perdidos.html)


“O primeiro conto de Machado de Assis que li foi O Alienista, para um trabalho escolar. Depois, aos 14 anos, li Memórias Póstumas de Brás Cubas – esse, sim, fez um estrago danado na minha vida! Fiquei perplexo, ainda mais porque fazia parte da tarefa ler também O estrangeiro, de Albert Camus. Foram dois socos no estômago. Posso dizer que, dali por diante, nunca mais fui o mesmo. Já adulto, reli esses dois livros de Machado e outros, como Quincas Borba e A mão e a luva. Mas eu já tinha algum ‘repertório’ pra entender melhor o universo do cara, seu humor mordaz, sua desesperança temperada com fina ironia, sua descrença plena de poesia. Mas foi algo de grande valia para mim tê-los lido tão cedo, um despertar brutal, mas necessário.”

(https://www.vagalume.com.br/zeca-baleiro/versos-perdidos.html)
(Fonte: Revista Discutindo Literatura. Editora Escala Educacional. Ano 1, nº 1, p.45)


PROPOSTA DE REDAÇÃO


Agora é a sua vez!  Registre, numa crônica descritivo-narrativa, como foi seu primeiro encontro com a leitura. E então? Experiências e emoções novas? Escreva, aproximadamente, 25 linhas. Conduza a narração em primeira pessoa. Introduza um episódio em que seja utilizado o discurso direto. Não se esqueça de atribuir um título bem criativo ao texto.  


Só para lembrar: discurso direto e discurso indireto

O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala da personagem – o narrador passa a palavra à personagem. Frequentemente, usa-se um verbo de elocução, dois pontos e um travessão. Assim:


... depois de tanto embaraço, minha mãe me disse:    
            — Agora não há mais tempo, meu filho!

O discurso indireto se dá quando o próprio narrador reproduz a fala da personagem, ou seja, em vez de passar a palavra à personagem, o narrador diz o que a personagem quer dizer. Também é construído com um verbo de elocução mais a partícula “que” ou “se”. Assim:

... depois de tanto embaraço, minha mãe me disse que já não havia mais tempo.


Mais uma dica: crônica descritivo-narrativa é o texto escolar que relata um episódio curto. No primeiro parágrafo as personagens são apresentadas e inseridas no tempo e no espaço; nos parágrafos intermediários, acontecem os complicadores, quer dizer, as personagens agem; no penúltimo parágrafo, há o último complicador – o mais incrível e arrepiante! – é o momento de maior tensão, chamado clímax; no último parágrafo – ufa! – há o desfecho da trama.

Para facilitar seu trabalho, utilize o planejamento da página seguinte.

Antes de entregar o texto definitivo ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está bem claro (fácil de ser entendido), coeso (as ideias, frases e parágrafos fluem, estão bem ligados e articulados entre si, com bom uso dos conectivos), coerente (as ideias estão numa sequência lógica e não se contradizem), conciso (a mensagem é passada sem sobra de palavras) e correto (foi usada a norma culta da língua portuguesa).

Boas atividades!

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