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zEM - ARTIGO - CRIMINALIZAR O FUNK? POR QUÊ?

ARTIGO DE OPINIÃO - EM

ARTIGO DE OPINIÃO

CRIMINALIZAÇÃO DO FUNK

ID: DZ6


Texto I
Criminalização do funk como crime contra a Saúde Pública
Essa ideia recebeu mais de 20.000 apoios. Foi transformada na SUGESTÃO nº 17 de 2017, que está em consulta pública e em tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Será debatida pelos senadores. Os chamados bailes de "pancadões" são somente um recrutamento organizado nas redes sociais por e para criminosos, estupradores e pedófilos praticarem crimes contra crianças e adolescentes, incitando-os ao uso, venda e consumo de álcool e drogas. Além disso, por parte desses agentes, há o agenciamento, a orgia, a exploração sexual, o estupro e o sexo grupal entre crianças e adolescentes. Cenas de pornografia, pedofilia, arruaça, sequestro, roubo e etc. são comuns nos chamados “pancadões”.

https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=65513, com adaptações


Texto II
“É totalmente esperado que o projeto tenha tido esse apoio popular”, diz Danilo Cymrot, mestre em criminologia pela USP e autor da dissertação “A criminalização do funk sob a perspectiva da teoria crítica”. Segundo o especialista, o debate em torno do funk traz à tona outras questões, como raça, classe social, moral e religião. “Existe uma insegurança muito grande [na população] que acaba sendo projetada no funk, como um bode expiatório”, diz Cymrot. “No momento em que as pessoas não sabem lidar como uma série de assuntos complexos, como violência, tráfico de drogas, sexo e educação, por exemplo, surge a ideia de que todos os males da sociedade que não têm uma solução fácil são provenientes de um gênero musical, de uma festa – e, acabadas a festa, acabaram-se os problemas. É muito cômodo e simplista as pessoas acreditarem que, proibindo o baile funk, acabariam o abuso de drogas, a gravidez na adolescência – falo de coisas que acontecem Independentemente de o funk existir”, completa.


Para MC Leonardo, funkeiro carioca e fundador da Apafunk, associação que luta “pela Cultura Funk, contra o preconceito e a criminalização”, a tentativa de criminalizar o estilo musical vem de uma parcela da sociedade que “não quer escutar a juventude” e que, por isso, criminaliza sua fala. Para ele, a iniciativa também tem a ver com o racismo e a criminalização da pobreza. “O funk é produzido, comprado, consumido e divulgado por pessoas pobres”, diz Leonardo. (...) Para ele, a verdadeira razão para o incômodo causado pelo funk, em parte da população, é o racismo.

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/03/Um-projeto-de-lei-quer-criminalizar-o-funk.-De-onde-vem-essa-vontade, com adaptações


Texto III

Foi destaque em parte da mídia e nas redes sociais a condenação por associação para fins de tráfico do DJ Rennan da Penha. O jovem foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão após provimento de recurso do Ministério Público para reformar a sentença que tinha absolvido o artista por falta de provas. Chama atenção a completa ausência de provas da participação de Rennan em qualquer das condutas descritas na acusação, por meio do art. 33 da Lei 11.343/2005.

Embora a análise das condutas trazidas aos autos e do tipo penal torne a condenação surpreendente, a persecução de um jovem negro, morador de favela, organizador de baile funk é a externalização de um senso comum permeado por uma série de estereótipos ligados à criminalidade e à violência.

Se os elementos classistas e raciais do processo de criminalização são bem expostos pela criminologia crítica, a criminologia cultural direciona seu foco para o estudo da relação entre culturas e o processo de criminalização. (...)A criminologia cultural parte da ideia de que há uma cultura tida por dominante, e subculturas que interagem com a esta última de forma harmônica e/ou conflituosa. As classificações como cultura e subcultura são feitas não pelo seu valor, mas pelo incentivo ou combate que recebem da elite. (...)

http://www.justificando.com/2019/05/10/dj-rennan-e-a-criminalizacao-do-funk-uma-analise-sob-a-perspectiva-da-criminologia-cultural/


Texto IV
É saudável que se discutam esses temas no momento em que se alastram as práticas de estupros coletivos, de exploração sexual, de gravidez precoce e de outras violências contra as crianças e os adolescentes. Que cada um se responsabilize pelas mensagens que propaga. No entanto, criminalizar o funk como gênero é um equívoco e um ato de violência contra a liberdade de expressão. Nem todo funk faz apologia à violência ou degrada as mulheres. Agressões podem ocorrer em qualquer espaço. O funk é uma expressão legítima da juventude das classes populares.

http://blogs.correiobraziliense.com.br/severino/2017/07/14/o-funk-e-caso-de-saude-publica/, com adaptações


COMANDO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um artigo de opinião em que você se posicione e discuta A CRIMINALIZAÇÃO DO FUNK.


Boas atividades!

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