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EM - COMENTÁRIO CRÍTICO – ESCOLAS DE ELITE

COMENTÁRIO CRÍTICO - EM

COMENTÁRIO CRÍTICO FORMAL

ESCOLAS DE ELITE

ID: E8H


Imagine que você, ao final da leitura da matéria abaixo, inserida na revista virtual Educação, Cultura e Comportamento, decida escrever um COMENTÁRIO CRÍTICO sobre ESCOLAS DE ELITE. Nesse comentário você deverá:

. registrar uma síntese do assunto;

. posicionar-se e

. contrapor o modelo atual de escola de elite com a escola tradicional.


Leitura:

As novas escolas de elite querem formar líderes cosmopolitas e sensíveis

E cobram caro por isso
Mensalidades chegam a custar R$8 mil por mês


No lugar de provas individuais, projetos coletivos. Em vez de aulas de inglês duas vezes por semana, imersão total na língua estrangeira. Sai o professor como detentor único do conhecimento, entra o aluno como protagonista do aprendizado. Enquanto a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não é implementada e a reforma no ensino médio demora a sair do papel, a rede privada de educação básica faz sua própria revolução no ensino. Mais especificamente, as escolas no topo da pirâmide de preços.

Até outro dia, quando se falava em escola de elite, subentendia-se um colégio tradicional, com no mínimo seis décadas de história, onde haviam estudado integrantes de famílias ricas, pais e avós dos alunos atuais. Esse conceito mudou com a entrada de novos players no mercado, que já chegam com aura (e mensalidade) de instituições de primeiríssima linha e a ambição de formar os líderes de amanhã.

Algumas questões se impõem quando discutimos esse novo modelo de escola. Líderes de que tipo? De que amanhã falamos? Vale a pena pais gastarem por mês até R$ 8 mil com escola para crianças e adolescentes, na esperança que isso os beneficie décadas à frente? Se está difícil arriscar palpites para o próximo ano, que dizer do cenário que meninas e meninos de hoje encontrarão quando adultos? As instituições de ensino Eleva, Concept e Avenues, representantes da mais recente geração de grifes da área, acreditam ter boas respostas. Apostam em formar cidadãos globais, criativos e com pensamento crítico aguçado; em cidadãos que entendam de questões contemporâneas complexas e possam ingressar em qualquer universidade no mundo; em cidadãos que estejam bem colocados para disputar a direção de organizações multinacionais; em cidadãos que possam criar seus próprios projetos de impacto.

A abundância de informação e a difusão de conhecimentos técnicos mudaram diretrizes. Desenvolver habilidades socioemocionais ganhou mais peso no currículo do que memorizar dados. A tecnologia se torna apoio fundamental na formação de vanguarda – foi-se o tempo em que eletrônicos eram vistos como elementos de distração e prontamente confiscados pelo professor. Agora, o aluno deve ser um criador, não um mero consumidor de serviços e aparatos digitais. Programação é mais uma linguagem ensinada nas escolas bilíngues.

A filosofia faça-você-mesmo ganha forma em laboratórios com impressoras 3D e cortadoras a laser. Os estudantes são desafiados a resolver problemas em aulas de design thinking* e se envolver em projetos transdisciplinares. “Essas escolas trazem a ideia do aluno como autor, realizador de projetos, e não restrito a decorar e dar respostas corretas”, diz Miguel Thompson, diretor-executivo do Instituto Singularidades, centro de formação de professores em São Paulo. “Focam em um estudante investigativo, que saiba resolver problemas, com contextualização em diferentes disciplinas interligadas e que saiba trabalhar em grupo. São habilidades adequadas às necessidades do século 21.”, completa.

*Design Thinking é o conjunto de ideias e insights para abordar problemas, relacionados a futuras aquisições de informações, análise de conhecimento e propostas de soluções. (Nossa anotação.)

https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/06/novas-escolas-de-elite-querem-formar-lideres-cosmopolitas-e-sensiveis-e-cobram-caro-por-isso.html



Você já sabe, mas não custa lembrar...

COMENTÁRIO CRÍTICO FORMAL pertence ao discurso jornalístico opinativo. Costuma ser mais rápido e mais econômico que o Artigo de Opinião, e diferencia-se dele porque, em geral, o Comentário parte de um texto-base – o que, a rigor, não acontece com o Artigo. O gênero Comentário pressupõe um diálogo entre dois ou mais textos.

É preciso esclarecer que “criticar” significa fazer considerações positivas e negativas acerca de um fato/evento. Isso se estende ao comentário – uma peça crítica por natureza.


Como fazer um COMENTÁRIO?

Ainda que a estrutura textual de um comentário seja bastante flexível, é preciso que o comentarista, depois de lido atentamente o texto-base, mencione o nome do autor do texto-base e faça uma síntese do assunto.

Por exemplo:

O professor Carlos de Tal afirmou, em entrevista ao Jornal XXX, da quinta-feira (19/2), que a redução da maioridade penal é imprescindível no Brasil do século 21...

Em seguida, o comentarista posiciona-se (tese):

Ocorre que, a meu ver, o colega está equivocado, uma vez que a redução da maioridade penal não é o mecanismo eficiente para a diminuição da criminalidade, conforme apontam estudos...

Logo após, há, efetivamente, o comentário – ou seja, o registro das percepções do comentarista, que pode se valer não só do julgamento dos fatos expostos, mas também das respectivas projeções/consequências.

Os comentários amadores/informais/vagos (gostei; não gostei; concordo; não concordo; legal; bem lembrado etc.) são registros típicos da fala (e não da escrita) e, sozinhos, depreciam o texto. O comentário é, geralmente, escrito na primeira pessoa do singular e é assinado.

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