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EFAF - COMBO "O ALIENISTA" - CRÔNICA - O ENCONTRO MARCADO

CRÔNICA - EF ANOS FINAIS

PROJETO RELEITURA O ALIENISTA


Releitura é a apropriação de uma referência artística ou literária com um determinado propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-referência. A releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: o recriar exige sensibilidade, técnica e muita criatividade!



O PROJETO RELEITURA – O ALIENISTA pretende levar ao Ensino Fundamental II, em especial aos alunos do 8º e 9º anos, alguns gêneros textuais que povoam não só a produção literária, mas também a utilitária. Entre os diversos gêneros textuais, o Projeto contempla: Crônica, Campanha, Entrevista, Carta Aberta, Testamento, Resenha, Boletim de Ocorrência, Reportagem, Notícia, Editorial, Classificados, Diário de Viagem, Prontuário Médico e Denúncia.



IMPORTANTÍSSIMO: A obra, base para a releitura, é o clássico O Alienista, do ficcionista realista brasileiro Machado de Assis. É preciso ler a obra. É possível também assistir ao filme Caso Especial – O Alienista – tempo de duração: 44’. Para o filme, acesse: 
https://www.youtube.com/watch?v=Cu7QifQPrgc


Mãos à obra! Que tal escrever mais um capítulo de O Alienista? Abaixo, sua proposta de trabalho: a redação de uma CRÔNICA.

***

Crônica: O escriba existe desde as mais antigas civilizações. Qual a função dele? Escrever, obviamente! A ele cabiam os registros de tudo o que acontecia: compra, venda, nascimento, casamento, morte, guerra, descobrimento. Historiadores têm por “Certidão de Nascimento” do Brasil uma crônica de Pero Vaz de Caminha, cronista de viagem. Ao escriba era dada a função exercida, atualmente, pelo tabelião. O escriba era um cronista, ou seja, tinha compromisso com a cronologia daquilo que registrava. Mas, muito embora tenha nascido documento, hoje, na literatura e no jornalismo, Crônica é um texto ficcional, quase sempre tocado a bom humor. É um texto curto, de vocabulário acessível. É comum assemelhá-la a um flash do cotidiano. A crônica é veiculada na imprensa, nas páginas de revistas ou jornais.


Contextualização: D. Evarista, esposa de Dr. Bacamarte, entristecida com a desatenção do marido, decidiu fazer uma viagem ao Rio de Janeiro. O marido não pôde acompanhá-la, porque estava preocupado com os loucos da Casa Verde. E, então, quem a acompanhou? Uma comitiva: amiga, padre, pajens...

“D. Evarista, a tia, a mulher do boticário Crispim [D. Cesária], um sobrinho dele, um padre que o alienista conhecera em Lisboa (...), cinco ou seis pajens, quatro mucamas, tal foi a comitiva que a população de Itaguaí viu sair em certa manhã do mês de maio rumo ao Rio de Janeiro.”


Proposta 12 – Crônica – O encontro marcado: Imagine que D. Evarista e D. Cesária, durante a estada no Rio de Janeiro, marcaram um encontro para dali a quinze anos, naquele mesmo local. Pois quinze anos se passaram. Resta a você nos contar, numa crônica descritivo-narrativa, como tudo aconteceu. Não se esqueça de explorar o cenário desse reencontro – como está o Rio de Janeiro, os cafés, os hotéis, as praias etc.

Escreva, aproximadamente, trinta linhas. Utilize um narrador onisciente para explorar melhor o ambiente e o fluxo do pensamento/as ações de ambas as personagens.


Lembre-se: a trama O Alienista aconteceu durante o período colonial do Brasil – atente-se, o quanto possível, à: descrição e ação das personagens; adequação de tempo e de ambiente; coerência vocabular etc.

Não economize criatividade! Pense em algumas cenas sutilmente cômicas – afinal, como você pôde perceber, a comicidade e a ironia finas são traços marcantes em O Alienista.

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