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EFAF - CARTA PESSOAL SOBRE APROPRIAÇÃO CULTURAL

CARTA PESSOAL - EF ANOS FINAIS

CARTA PESSOAL
à amiga Thauane Cordeiro
sobre "Apropriação cultural"


Ainda que seja pouco utilizada atualmente, tendo em vista os recursos tecnológicos, amigos e familiares ainda trocam cartas entre si. A Carta Pessoal é, geralmente, manuscrita e é enviada pelo correio. Dependendo da pessoa a quem se destina (tio, primo, amigo, avô), a linguagem utilizada na carta pessoal pode ser informal. É possível também escrever uma carta pessoal ao diretor da escola, ao gerente do restaurante etc. A carta segue num envelope.



Estrutura da Carta Pessoal:

. Local e data – Ex.: Campinas, 15 de agosto de 2018.
. Vocativo – Ex.: Caro amigo; Prezado Diretor etc.
. Corpo do texto – assunto, argumentações, pedidos etc.
. Despedida – saudação do remetente. Ex.: Um beijo!
. Assinatura – geralmente, o primeiro nome do remetente. Ex.: Carolina.


Como preencher o envelope:
. Frente: nome do destinatário, endereço (rua, nº da casa, cidade, estado e CEP).
. Verso: nome do remetente, endereço (rua, nº da casa, cidade, estado e CEP).



***


Textos base para a proposta de redação da Carta Pessoal:


Você sabe o que é Apropriação Cultural?

Apropriação cultural é o uso de elementos típicos de determinada cultura por pessoas pertencentes a um grupo cultural diferente. A apropriação cultural, também chamada “empréstimo cultural", surgiu com a intensificação do contato entre diferentes culturas ao redor do mundo. Entre os elementos que costumam ser culturalmente apropriados estão a música, a dança, os trajes, as expressões linguísticas, a arte, a culinária, os acessórios etc.


A apropriação cultural não é considerada um crime. Porém, parte da sociedade considera a apropriação cultural um enorme desrespeito, uma vez que os elementos apropriados só passaram a ser socialmente aceitos a partir do momento em que foram assimilados por uma cultura dominante. Por exemplo: o turbante é acessório típico da cultura negra; quando artistas desfilam com turbantes, a intenção não é lembrar a cultura africana, mas, sim, vender turbantes. Acontece, então, o esvaziamento da cultura negra em favor do mercado. Outra parte da sociedade, no entanto, afirma que não existe cultura, moda ou arte sem “apropriação” – apropriar é misturar, é inspirar-se, é trocar. Defende a ideia de que a “apropriação” não é “inapropriada”, não é criminosa, não é imoral.



Você se lembra da garota Thauane Cordeiro, de 19 anos, que estava com câncer e usava um turbante, quando...



“Cinco meses atrás fui diagnosticada com leucemia. Meu cabelo foi caindo. Eu não queria aceitar. Raspei meu cabelo todo e doei para o Instituto do Câncer. Eu estava me sentindo feia, fui comprar um turbante, uma amiga me disse que eu ia me sentir melhor. A moça da loja foi gentil e me ensinou a fazer uma das amarrações. No metrô, um grupo de jovens estava me olhando torto. Uma chegou para mim e disse: ‘Moça, dá licença? Você não pode usar esse turbante’. Por quê?, perguntei. ‘Porque você é branca.’ E na hora ali me veio aquela raiva. Respirei. Tirei o turbante e disse: ‘Tá vendo isso aqui? Essa careca? É câncer. Então eu uso o que eu quero’”.

https://epoca.globo.com/sociedade/ruth-de-aquino/noticia/2017/02/vai-ter-branca-de-turbante.html



PROPOSTA DE REDAÇÃO: Imagine que você seja amiga de Thauane Cordeiro – você mora em Belo Horizonte/MG; ela, em Curitiba/PR. Depois de você saber, pelos jornais, do constrangimento que a amiga passou por conta de usar um turbante, você deve escrever uma carta a ela. Escreva, aproximadamente, 20 linhas.

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