EM - CARTA DO LEITOR - MODELO UNICAMP - REGULAMENTAÇÃO DO USO MEDICINAL DA MACONHA
UNICAMP
CARTA
DO LEITOR
REGULAMENTAÇÃO
DO USO MEDICINAL DA MACONHA
MODELO UNICAMP
ID:
ER3
TEXTO DE APOIO
A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 03/12/2019 a comercialização de
medicamentos feitos a base de cannabis, a substância da maconha, para uso
medicinal em farmácias do Brasil. A medida foi aprovada por unanimidade, passa
a valer 90 dias após a sua publicação no Diário Oficial da União e tem validade
de três anos, quando pode ser revista. Também nesta terça, a Agência vetou a
proposta que previa autorizar o plantio e cultivo de maconha para fins
medicinais, o que obriga o insumo comercializado a ser importado pelos
fabricantes. (...)
O regulamento
aprovado pela Anvisa exige que as empresas fabricantes tenham um certificado
emitido pela agência, autorizações especiais, documentações técnicas e
condições operacionais de controle. O novo regulamento estabelece regras para
fabricação e importação de produtos à base de 'Cannabis'. O plantio, porém, não
foi autorizado.
Para Leonardo
Navarro, advogado especialista em direito à saúde (...), a regulamentação da
Anvisa junto com a proibição de cultivo em solo brasileiro torna obrigatório o
uso de cannabis importada na
comercialização dentro do Brasil. Ele defende que a medida da Agência não
contempla a demanda da sociedade, uma vez que, apesar da ampliação da
possibilidade de registro, os medicamentos do exterior chegam ao Brasil com um
valor muito alto. (...) Os remédios só poderão ser vendidos em farmácias e
drogarias sem manipulação e sob prescrição médica. As substâncias extraídas da
maconha agem comprovadamente como antidepressivos, analgésicos, sedativos,
estimulantes de apetite e anticonvulsivos e são eficazes em tratamentos de
doenças como epilepsia, mal de Parkinson, esclerose múltipla, esquizofrenia,
asma e dores crônicas.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Imagine que, depois de lida a
matéria acima, sobre a regulamentação do uso da maconha para fins medicinais, você,
diante da importância do assunto, decide escrever uma CARTA DO LEITOR,
endereçada ao editor da revista EL PAÍS, em cuja carta você manifestará suas
impressões/opinião sobre a matéria lida, em especial sobre o fato de a Anvisa
não ter autorizado o plantio e o cultivo da maconha aqui no Brasil.
SUPER DICA: Antes de começar a escrever, procure
ler um pouco mais sobre o assunto, para, então, chegar a um posicionamento
crítico. Afinal, qual sua opinião sobre o uso medicinal da maconha, nos moldes
em que foi regulamentado?
***
Só para lembrar...
A CARTA DO LEITOR (ou CARTA AO EDITOR) é o gênero
textual que permite o diálogo entre leitor e editor de jornais e revistas. Por
meio delas, o leitor manifesta sua opinião acerca de matéria veiculada,
geralmente, em edições recentes do jornal ou da revista. A CARTA DO LEITOR
pode, ainda, elogiar a edição, registrar um protesto acerca do assunto, sugerir
a tomada de medidas ou decisões etc.
COMO FAZER?
Ainda que comumente não vejamos a moldura da CARTA DO LEITOR nos jornais e revistas – isso por economia de espaço – a estrutura é maleável, e deve contemplar: local, data, vocativo, síntese do assunto (quem ler a carta deve saber do que se trata, sem depender da matéria base da Carta do Leitor), dados da publicação da matéria (pág. XX, edição de nº XX), discussão/impressões do leitor, despedida e identificação/assinatura do emissor.
Não contém título e geralmente é conduzida na 1.ª pessoa do singular.
Quando o enunciado da proposta não trouxer um limite, a CARTA DO LEITOR deve ser escrita em, aproximadamente, 20 linhas.
MUITA ATENÇÃO: A CARTA DE LEITOR é endereçada ao
editor do jornal ou da revista, e não ao autor da matéria sobre a qual o leitor
vai escrever. Comece assim: “A abordagem sobre..., da edição nº..., foi
oportuna. Entretanto.../Com razão...”.