Texto I
Todos os dias, nossos meios de comunicação noticiam algum maravilhoso e inovador avanço na biomedicina –
novas tecnologias de reprodução que dão esperança aos inférteis e permitem aos pais “moldarem” seus filhos, novos
tratamentos com células-tronco para lesões na coluna vertebral e para Alzheimer, novas maneiras de examinar nossos
genomas à procura de fragilidades no organismo, remédios que irão não apenas aliviar nossa depressão, mas também nos
deixar mais felizes e inteligentes, drogas que podem estender a expectativa de vida dos habitantes do ocidente rico.
Biomedicina dedica-se às doenças que afligem a saúde e a vida das pessoas. Isso aborda diversas áreas que se
dedicam a, por exemplo, aprimorar e desenvolver remédios e vacinas, estudar microrganismos, analisar tecidos, estudar o
DNA humano, descobrir curas etc.
Sendo assim, a Biomedicina caminha lado a lado com a Medicina – os dois segmentos complementam-se, um
contribui para a evolução do outro.
Enquanto o biomédico atua, principalmente, em laboratório, os médicos trabalham em clínicas ou hospitais e, a partir
do diagnóstico e análise de sintomas, buscam curar doenças, aplicar tratamentos e restaurar a saúde dos pacientes.
Texto IV
A maioria (...) tende a lançar um olhar pessimista sobre os avanços na biomedicina “high tech” em nosso primeiro mundo.
Tende a vê-los como mais um estágio no longo conto da “medicalização”. Diz que a “medicalização” individualiza, tira a nossa
atenção das causas sociais e de soluções sociais para a falta de saúde. Denomina essa forma atual de “geneticização” – uma
visão dos implacáveis determinantes genéticos, não apenas de doenças, mas também de outras características e de
desigualdades humanas. Alguns sugerem que isso está levando a uma nova eugenia, buscando eliminar aqueles
geneticamente inferiores. Outros criticam as maneiras pelas quais mais e mais problemas do dia-a-dia estão sendo tratados na
esfera da medicina, com aplicações técnicas sobre a miséria e doenças substituindo um ataque às causas sociais.
Texto V O aconselhamento genético
consiste em verificar a probabilidade de uma doença genética ocorrer em uma
família. Com essa probabilidade, é possível orientar casais que pensam em ter
filhos, mas apresentam grande probabilidade de transmitirem alguma patologia ou
malformação. Por meio da consulta de aconselhamento, é possível observar essas
probabilidades, para que o casal saiba suas opções e seus riscos, bem como as
consequências para o bebê e para a família, ajudando nas decisões a respeito do
futuro reprodutivo de um casal. (...) O aconselhamento genético é indicado para
diferentes cenários clínicos, como: casais consanguíneos; histórico familiar de
doenças genéticas; perda gestacional habitual ou de repetição; infertilidade; suspeita
de câncer hereditário. Além disso, sempre que um paciente realiza um teste
genético será necessária uma consulta de aconselhamento genético, para
identificar os riscos do casal e da família.
Um país não faz ciência apenas investindo financeiramente em cientistas e laboratórios. Esses investimentos são necessários,
mas não são suficientes. É preciso ter em mente que o progresso está naquilo de positivo que a ciência pode oferecer a um
país e aos seus cidadãos. E isso fica claro quando se analisa a situação do apoio à pesquisa científica no Brasil, que ainda
sofre muito mais do que de falta de recursos, de uma burocracia sem fim que atravanca toda e qualquer iniciativa. Além disso,
os cientistas brasileiros estão enfrentando grandes desafios em 2016, com cortes ainda maiores nos orçamentos e a
arrecadação menor afetando as agências de financiamento. (...) Segundo o ranking da Nature Index, que se constitui de um
conjunto de artigos científicos publicados anualmente em um seleto grupo de jornais de alta qualidade, o Brasil ocupa a 24ª
posição mundial no que concerne à produção de artigos, com 991 produções contabilizadas. Destas, 760 advêm da área de
Física, 160 das Ciências da Vida, 45 das Ciências Ambientais e 93 artigos da área de Química.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “OS IMPACTOS DO AVANÇO DA BIOMEDICINA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.