Eles não
conheceram o mundo sem internet, não diferenciam a vida online da off-line e
querem tudo para agora. São críticos, dinâmicos, exigentes, sabem o que querem,
autoditadas, não gostam das hierarquias nem de horários poucos flexíveis. São
os jovens da Geração Z, que nasceram depois de 1995, e que agora começam a
entrar no mercado de trabalho bastante confiantes. A chegada dessa nova geração
ao meio organizacional já causa certos impactos por conta das características
peculiares desses jovens, e vai exigir que empresas se adaptem e apliquem novas
práticas para atrair e reter esses profissionais.
"Eles
enxergam o mundo diferente. Sua relação com o tempo é outra, é online, a
maneira como lidam com hierarquias e a autoridade, enfim, tudo é diferente para
a geração deste milênio e as organizações devem se inspirar nela", afirma
o doutor em comunicação Dado Schneider. Ele estuda o comportamento dessa nova
geração há anos e acredita que ela será revolucionária.
Hoje, na
opinião do especialista, os jovens não se submetem a condições de trabalho que
não os satisfaçam. "Mas não os considero arrogantes, eles apenas sabem o
que querem. Diferentemente da Geração X (nascidos entre o fim de 1960 e 1980),
que aceita as normas de trabalho, e da Geração Y (nascidos entre 1980 e 1995),
que finge que aceita, eles são questionadores e possuem bons argumentos. A
verdade é que eles são bastante maduros, assertivos e vão ser os chefes da
geração Y em poucos anos", prevê.
A grande
nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Em comum, essa juventude muda de um
canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone
para o vídeo e retorna novamente à internet. Também troca de uma visão de mundo
para outra, na vida.
Garotas e
garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem
computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da
Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o
berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de
seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o
rádio, o telefone, música e internet.
Outra
característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui,
desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um
valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com
ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos
mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos. Enquanto os demais
buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra
natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse
desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. É nisso,
dizem os especialistas, que os jovens precisam trabalhar. Como sempre.
COMANDO: A partir do material de apoio e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um Artigo de
Opinião sobre o tema: Geração Z: uma sociedade virtual ou real?
Não custa lembrar...
O Artigo de Opinião, como o próprio nome adianta, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria do tipo dissertativo.
O
articulista deve sustentar sua opinião por meio de evidências; deve, também,
assinar o Artigo – entretanto, nos vestibulares, o candidato deve usar apenas
as iniciais ou adotar um pseudônimo, a fim de que não seja identificado pelo
examinador, o que poderia ser motivo para a anulação da prova.
O texto é breve – aproximadamente, 25 linhas.
O Artigo leva título.
O Artigo é persuasivo: inserido nos
grandes periódicos, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de
convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, mas também, e
principalmente, da relevância do posicionamento do articulista.
São comuns o
apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações
factuais.
No Artigo de Opinião, é preciso mobilizar as seguintes funções da
linguagem: referencial (informação, na parte introdutória), emotiva
(criticidade, no desenvolvimento) e conativa (apelo/ordem/aconselhamento ao
leitor, na conclusão).