Textos I Uso irracional de medicamentos pode agravar doenças, comprometer eficácia dos tratamentos, além de gerar risco de reações alérgicas, dependência e até mesmo morte
Os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. Boa parte desses acidentes ocorre devido à automedicação, que é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, sem a avaliação prévia de um médico. É por isso que, ainda de acordo com a Anvisa, os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam. O uso de remédios de modo incorreto pode agravar a doença (...). Se o remédio for antibiótico, o uso abusivo pode gerar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Outra preocupação em relação ao uso do remédio se refere à combinação inadequada - o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode causar, ainda, reações alérgicas, dependência e até a morte. A orientação do Ministério da Saúde é que sempre se procure um médico ao desconfiar sobre qualquer problema de saúde.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um ARTIGO DE OPINIÃO, em norma padrão da língua portuguesa, que responda à pergunta-tema:
“POR QUE, APESAR DE SEREM CLAROS OS RISCOS, A AUTOMEDICAÇÃO AINDA PERSISTE?”
Não custa lembrar...
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome já diz, como o próprio nome já diz, é um texto em que o
autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero
textual que se apropria do tipo dissertativo. O articulista deve sustentar sua
opinião por meio de evidências, fatos, contextos. O texto é breve –
aproximadamente, 25 linhas. A linguagem é simples e objetiva, uma vez que se
pretende atingir todo tipo de leitor. O artigo, geralmente, é escrito na 1.ª
pessoa do discurso, leva título e assinatura – entretanto, nos vestibulares, o
candidato deve usar apenas as iniciais ou adotar um pseudônimo (conforme a
orientação do enunciado da prova), a fim de que não seja identificado pelo
examinador, o que poderia ser motivo para a anulação da prova.
O artigo de opinião há de ser persuasivo: inserido em
grades jornais e revistas, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de
convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, mas também, e
principalmente, da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o
apelo emotivo, as acusações, o humor satírico, a ironia – tudo baseado em
informações factuais.
No artigo de opinião, é preciso conjugar as
seguintes funções da linguagem: referencial (informação, na parte
introdutória), emotiva (criticidade, no desenvolvimento) e conativa
(apelo/ordem/aconselhamento ao leitor, na conclusão).